quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Novo livro de Slavoj Zizek: O ano em que sonhamos perigosamente

Novo livro de Slavoj Zizek: O ano em que sonhamos perigosamente:

tirado do pragmatismo político...

Novo livro do filósofo esloveno faz uma análise crítica de 2011, ano no qual emergiu uma série de mobilizações globais de caráter contestatório. Sua análise esquadrinha tanto o que chama de “sonhos emancipatórios” como os “sonhos destrutivos” que motivaram, por exemplo, a chacina de Anders Breivik, na Noruega, e outros movimentos racistas e ufanistas que eclodiram por toda a Europa

Este novo livro do filósofo esloveno Slavoj Žižek, lançado no Brasil pela Boitempo Editorial, oferece uma análise crítica de 2011, “o ano em que sonhamos perigosamente”, como já aponta o título, e no qual emergiu uma série de mobilizações globais de caráter contestatório. A obra dá continuidade ao trabalho de reelaboração teórica já anunciado nos livros “Em defesa das causas perdidas” e “Vivendo no fim dos tempos”. Invocando a expressão persa war nam nihadan – “matar uma pessoa, enterrar o corpo e plantar flores sobre a cova para escondê-la” – a fim de descrever o atual processo de neutralização desses acontecimentos e seus significados, Žižek coloca-se diante da difícil tarefa de pensar a conjuntura global sob uma perspectiva renovadora. Por isso, tem sido considerado um dos mais originais e provocativos teóricos da contemporaneidade.
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Slavoj Žižek nasceu em 1949 na cidade de Liubliana, Eslovênia. É filósofo, psicanalista e um dos principais teóricos contemporâneos. (Foto: divulgação)
A forma aberta e o estilo ensaístico despojado desta coletânea de oito ensaios sustentam o obtuso equilíbrio entre uma articulação interdisciplinar e o que o jornalista Ivan Marsiglia, que assina a orelha do livro, descreve como a “ousadia de uma abordagem totalizante da realidade social, em tempos de saberes hiperespecializados”. Não é à toa que o livro remete também ao complexo conceito de “mapeamento cognitivo” desenvolvido por Fredric Jameson, um dos expoentes atuais desta tradição teórica.
Os dois ensaios iniciais, “Da dominação à exploração e à revolta” e “O ’trabalho de sonho’ da representação política”, tecem justamente considerações sobre o capitalismo atual e apresentam o desenvolvimento de uma teoria global dos impasses da representação ideológico-politica. Já os quatro ensaios centrais “O retorno da má coisa étnica”; “Bem-vindo ao deserto da pós-ideologia”; “Inverno, primavera, verão e outono árabes”; e “Occupy Wall Street, ou o silêncio violento de um novo começo” concentram-se na análise detida dos diversos movimentos que marcaram 2011.
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Sua análise esquadrinha tanto o que chama de “sonhos emancipatórios” (Primavera Árabe, Occupy Wall Street, levantes em Londres e Atenas) como os “sonhos destrutivos” que motivaram, por exemplo, a chacina de Anders Breivik, na Noruega, e outros movimentos racistas e ufanistas que eclodiram por toda a Europa. O desafio está em situar a multiplicidade dos acontecimentos no interior do campo de forças produzido pelo capitalismo. “Para decifrar a ‘circulação autopropulsora do capital’, que hoje prescinde até da burguesia e dos trabalhadores, Žižek reafirma, em termos freudianos, a ideia de luta de classes: assim como diz Freud a respeito da sexualidade, não é que tudo se resuma à luta de classes, mas a luta de classes se faz presente em tudo”, interpreta Marsiglia.
Os ensaios “The Wire, ou O que fazer em épocas não eventivas” e “Para além da inveja e do ressentimento” refletem, a partir da cultuada série americana The Wire e de uma análise mais detida do pensamento do filósofo Peter Sloterdijk, sobre o desafio de combater o sistema sem contribuir para aprimorar seu funcionamento. Por fim, em “Sinais do futuro” Žižek anuncia um descontentamento subterrâneo em marcha e, prevendo uma nova onda de revoltas, situa o ano de 2012 em um presente que guarda o potencial oculto de um futuro utópico, manifesto em fragmentos limitados, distorcidos e até pervertidos.

Trecho do livro

Marx descreveu a má circulação do capital, que se aperfeiçoa e cujo caminho solipsista da autofecundação chega ao apogeu nas especulações metarreflexivas da atualidade sobre os futuros. É simplista demais afirmar que o espectro desse monstro que se aperfeiçoa e segue seu caminho negligenciando qualquer preocupação humana ou ambiental seja uma abstração ideológica, e que por trás dessa abstração haja pessoas reais e objetos naturais em cujos recursos e capacidades produtivas se baseia a circulação do capital e dos quais o capital se alimenta como um parasita gigante.
O problema é que, além de estar em nossa má percepção da realidade social da especulação financeira, essa abstração é real no sentido preciso de determinar a estrutura dos processos sociais materiais: o destino de todas as camadas da população, e por vezes de países inteiros, pode ser decidido pela dança especulativa solipsista do capital, que persegue seu objetivo de lucratividade com uma indiferença abençoada em relação ao modo como seu movimento afetará a realidade social.

Sobre o autor

Slavoj Žižek nasceu em 1949 na cidade de Liubliana, Eslovênia. É filósofo, psicanalista e um dos principais teóricos contemporâneos. Transita por diversas áreas do conhecimento e, sob influência principalmente de Karl Marx e Jacques Lacan, efetua uma inovadora crítica cultural e política da pós-modernidade. Professor da European Graduate School e do Instituto de Sociologia da Universidade de Liubliana, Žižek preside a Society for Theoretical Psychoanalysis, de Liubliana, e é diretor internacional do Instituto de Humanidades da Universidade Birkbeck de Londres. O ano em que sonhamos perigosamente é o seu oitavo livro traduzido pela Boitempo. Dele, a editora também publicou Bem vindo ao deserto do Real!, em 2003, Às portas da revolução: escritos de Lenin de 1917, em 2005, A visão em paralaxe, em 2008, Lacrimae Rerum, em 2009, Em defesa das causas perdidas e Primeiro como tragédia, depois como farsa, em 2011 e Vivendo no fim dos tempos, em 2012.
Carta Maior

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Alexandre Anderson: “Ativista ameaçado de morte abandona casa em Magé-RJ”

Alexandre Anderson: “Ativista ameaçado de morte abandona casa em Magé-RJ”:

via racismo ambiental



Alexandre Anderson durante manifestação na OAB, Rio de Janeiro.
Motivo pode ter ligação com crime recente na cidade
Quatro meses depois de afirmar em entrevista ao jornal Estadão que não pretendia deixar sua casa na Praia de Mauá, em Magé, na Baixada Fluminense, apesar das inúmeras ameaças de morte que vinha recebendo devido ao seu ativismo na defesa dos pescadores artesanais da Baía de Guanabara, Alexandre Anderson de Souza, de 41 anos, foi retirado do Estado do Rio junto com sua família na manhã do último sábado (3). Ele e a mulher, Daize Menezes de Souza, estão desde 2009 no Programa de Proteção a Defensores dos Direitos Humanos (PPDDH) do governo federal.
A decisão de retirá-los de casa, onde contavam com escolta de policiais militares 24 horas por dia desde setembro de 2010, ocorreu após vizinhos relatarem que na segunda-feira anterior, 29 de outubro, homens em dois carros percorreram o bairro querendo informações sobre a rotina do casal. “Alguns vizinhos nos disseram que os homens nesses dois carros perguntavam o horário que estávamos em casa, que horas a gente saía, etc. Por precaução, decidimos fugir com ajuda do programa de proteção”, disse nesta quarta-feira (7) Daize, por telefone.
Souza preside a Associação Homens do Mar (Ahomar) – entidade que, desde 2009, teve quatro líderes executados. Os dois últimos foram mortos em junho deste ano. Os crimes ainda não foram esclarecidos pela Polícia Civil. Na noite do último domingo, um outro assassinato em Magé alimentou ainda mais o medo que ronda a família de Souza. O pastor evangélico Vitor José Teixeira, de 43 anos, foi executado na frente da mulher e dos filhos de 16 e 17 anos. O crime foi cometido por dois homens que estavam numa moto.
A família acredita que o pastor foi assassinado por engano, porque ao abordarem a vítima, os criminosos perguntaram se ele se chamava Alexandre. O delegado Robson da Costa Ferreira, da 65ª Delegacia de Polícia (Magé), disse que vai investigar a possibilidade de o pastor ter sido morto no lugar do pescador. “Já sabemos que o pastor era ex-PM e tinha passagens por estelionato. Mas vamos investigar todas as hipóteses”, afirmou o delegado.
Delegado da 65º DP de Magé, Robson da costa,  tem como hábito investigar crimes de homicídio com muita eficiência, coleciona um vasto histórico de resolução de casos complicados na ação de esclarecimentos desses tipo de homicídio, com uma equipe altamente técnica, não demora saberemos o desfecho de mais este assassinato e se tem ou não ligação com o ativista Alexandre da Praia de Mauá, já que os autores do crime do Pastor Vitor, procuravam por um homem chamado Alexandre.
http://mageonline.com/?p=23101

Por que parcela significativa da sociedade ainda defende o trabalho infantil?

Por que parcela significativa da sociedade ainda defende o trabalho infantil?:

via racismo ambiental
Por que parcela significativa da sociedade brasileira ainda defende trabalho infantil e minimiza a gravidade desta forma de exploração?
Fernanda Sucupira - Agência Repórter Brasil
Ainda que a luta pela erradicação do trabalho infantil e a consciência sobre esse problema social venham crescendo nas últimas décadas, quem atua na área costuma se deparar com argumentos de pessoas de diferentes setores da sociedade a favor das atividades laborais de crianças e adolescentes. Uma das principais justificativas é o de que é melhor que meninos e meninas estejam trabalhando do que na rua, sem fazer nada, vulneráveis ao uso de drogas e à criminalidade.
Segundo Isa Maria de Oliveira, secretária-executiva do Fórum Nacional para a Prevenção e Eliminação do Trabalho Infantil (FNPeti), essa ideia é uma falácia. “Várias formas de trabalho infantil favorecem que crianças e adolescentes sejam empurrados para o crime organizado, para o tráfico de drogas, para o tráfico de pessoas, para a exploração sexual. Muitas vezes nesse contexto são submetidos a xingamentos, espancamentos, violência, abuso sexual”, exemplifica.
Além disso, essa ideia não se confirma quando são feitas pesquisas com adultos que estão encarcerados ou com adolescentes em medidas socioeducativas. “A imensa maioria dos presidiários trabalhou na infância, e esses adolescentes quando cometeram o delito já haviam trabalhado ou estavam trabalhando. De que forma o trabalho infantil preveniu a marginalidade deles?”, pergunta Marinalva Cardoso Dantas, auditora fiscal do trabalho em Natal (RN). Para ela, é justamente trabalhando que eles acabam caindo na criminalidade, é o trabalho que os coloca na rua.
Outra concepção bastante presente e complementar à anterior é a de que o trabalho dignifica o ser humano, molda o caráter, forma valores, portanto, é benéfico a crianças e adolescentes. É um valor cultural que, pelo menos no que se refere à população infanto-juvenil, também não condiz com a realidade. “Nosso contra-argumento é de que para crianças e adolescentes, em idade de plena escolarização, cumprir a jornada escolar, ser pontual, realizar atividades, fazer as tarefas e estudar, tudo isso são condições que favorecem a formação do caráter”, defende a secretária executiva do FNPeti.
Ela afirma que há pouca valorização da educação integral, das práticas esportivas, culturais, de lazer, do exercício da criatividade e do lúdico, atividades que contribuem muito mais para o desenvolvimento físico e emocional da criança do que o trabalho infantil, que impõe uma rotina de adulto e subtrai a condição de infância. No entanto, segundo Oliveira, é educativo e recomendável que crianças e adolescentes participem com suas famílias de uma divisão solidária de tarefas, o que os prepara para a vida, fortalece o sentimento de solidariedade, de responsabilidade para com o ambiente em que se vive.
Muitos utilizam sua própria história, ou a história de pessoas proeminentes, para exemplificar os efeitos positivos ou, no mínimo, nulos do trabalho infantil em uma trajetória de sucesso. É comum inclusive entre os políticos utilizar esse recurso, apontando pessoas como o ex-presidente Lula para mostrar que essas atividades não acarretam prejuízos para o futuro das crianças. “Essa é uma irresponsabilidade grande dos brasileiros porque essas pessoas querem nos convencer de que são bem sucedidas porque trabalharam na infância, caso contrário seriam fracassadas”, afirma a auditora fiscal de Natal. Dantas conta que ela própria já foi confrontada inúmeras vezes, inclusive em entrevistas jornalísticas, por pessoas que diziam que trabalhavam desde pequenas e que não havia nenhum problema nisso.
Se em alguns casos o trabalho infantil não surte efeitos nocivos, essa não é a regra para a maioria dos que são obrigados a trabalhar precocemente.  “Crianças que trabalham ficam com mil problemas psicológicos, autoestima baixa e não vão para a escola. Depois têm que aceitar tudo o que ninguém quer, o que não presta, trabalhos perigosos, desagradáveis, porque não se prepararam”,  diz Dantas. Para a secretária executiva do FNPeti, não se pode deixar que algumas exceções sejam vistas como regra. “Quem mais da família do Lula que passou pelo trabalho infantil teve a projeção que ele tem?”, questiona.  “Foi a militância sindical e não o trabalho infantil o que formou o Lula. Foi apesar do trabalho infantil e não por causa dele”, avalia.
Preconceito de classe
Para Rafael Dias Marques, da Coordenação Nacional de Combate à Exploração do Trabalho de Crianças e Adolescentes do Ministério Público do Trabalho (MPT), na visão de quem defende essa prática, o trabalho é um mal menor. “Essas pessoas não têm a concepção de que é altamente nocivo, de que pode trazer os mesmos prejuízos que as drogas e o crime”, afirma. Ele acredita que elas não sabem das dificuldades de aprendizado causadas pelo trabalho infantil; do grande risco que crianças e adolescentes têm de se acidentar nessas atividades. Não levam em conta que são retirados do convívio familiar, afastados do lazer, da brincadeira, do ócio. “A sociedade entende o trabalho como solução para a criança pobre, no lugar da educação, de garantir a proteção integral por parte do Estado”, completa o procurador do trabalho.
Isso revela que nesse discurso de defesa do trabalho infantil está presente também um preconceito de classe, uma discriminação em relação à população mais pobre. Num momento em que filhos e filhas das classes altas estão adiando cada vez mais a entrada no mercado de trabalho, preferindo antes concluir cursos de graduação, pós-graduação, e temporadas de estudos no exterior, para conseguir postos mais bem pagos, muitos defendem que os filhos e filhas das classes baixas ingressem nele cada vez mais cedo.
“Quando se trata do filho alheio, é uma verdade, mas só para o pobre, para grupos marginalizados. Para meu filho, educação integral: de manhã na sala de aula e à tarde aulas de inglês, balé, judô, natação. É uma demagogia daqueles que sentem na criança do outro uma ameaça à sua própria estabilidade. O outro, por ser pobre, a priori é um delinquente em potencial, só tem duas alternativas na vida, trabalhar ou ser delinquente. Mas a criança tem direito a outra via”, defende Renato Mendes, coordenador do Programa Internacional para a Eliminação do Trabalho Infantil no Brasil da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Reações contra o enfrentamento ao trabalho infantil
Não são raros os casos de ameaças aos auditores fiscais do trabalho em todo o Brasil durante as fiscalizações de casos de trabalho infantil, pelos familiares, pelos empregadores e até pelas próprias crianças e adolescentes, que entendem que estão sendo prejudicados pela atuação do Estado para eliminar essa prática. “Sempre somos ameaçados pelas mães quando fiscalizamos, elas são agressivas. E pelos empregadores também, que têm medo de perder a mão de obra barata, não têm nenhum interesse na criança”, relata Dantas.
Como parte dessa reação, são frequentes as propostas de emenda constitucional (PEC) que vão na contramão da erradicação do trabalho infantil, propondo a redução da idade mínima para entrar no mercado de trabalho. Uma PEC com esse conteúdo (268/2008), apresentada pelo deputado federal Celso Russomanno (PRB-SP), foi barrada na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ), em 2009, por ser considerada inconstitucional. Afirmava que “o impedimento ao trabalho faz com que os jovens busquem a saída de seus problemas na droga, no furto, no trabalho informal, no subemprego, na mendicância e na prostituição”.
Atualmente, duas PECs que propõem a redução da idade mínima para 14 anos se encontram na CCJ, uma do deputado federal Dilceu Sperafico (PP-PR) e outra do deputado federal Onofre Santo Agostini  (DEM-SC), respectivamente PEC 18 e PEC 35, ambas de 2011. Eles defendem que o trabalho infantil não prejudica os estudos e, havendo acompanhamento, “só trará benefícios, tendo em vista que além de gerar rendimentos para a família será um fator positivo para a sua formação moral e educacional”.
O procurador do trabalho Marques acredita que elas também serão consideradas inconstitucionais por dois motivos. Primeiro porque tratados internacionais adotados pelo Brasil proíbem a redução da idade mínima, como a Convenção 138 da OIT, ratificada pelo Brasil em 2001. Em segundo lugar, os direitos fundamentais são cláusulas pétreas da Constituição Brasileira, por isso não podem ser alterados por PECs, somente através da formação de uma nova assembleia constituinte.
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http://www.ecodebate.com.br/2012/11/14/por-que-parcela-significativa-da-sociedade-ainda-defende-o-trabalho-infantil/

Imperdível! MS: Desabafo emocionado e emocionante de Valdelice Veron sobre as 18 lideranças mortas e a luta por sobrevivência do povo Kaiowá

Imperdível! MS: Desabafo emocionado e emocionante de Valdelice Veron sobre as 18 lideranças mortas e a luta por sobrevivência do povo Kaiowá:
vi no Racismo Ambiental..

Compartilhado por Lúcia Carneiro, emocionante vídeo postado por Maranduhára Kaiowá, do Ato Nacional em apoio ao povo Guarani-Kaiowá. Dourados/MS, em 9 de novembro de 2012.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

"Misericórdia e Justiça quero, e não $hows". - diz o Senhor

"Misericórdia e Justiça quero, e não $hows". - diz o Senhor:

vi no Blog do Caminho da Graça...

ouça a música a comentem...



Para entender o espírito desta música leia: 
Isaías 1:10-20; 58:1-14; Jeremias 5; Amós 5: 21- 24.


sábado, 10 de novembro de 2012

Reikwaapa – Legado do Povo Guarani do Espírito Santo

Reikwaapa – Legado do Povo Guarani do Espírito Santo:
O artesanato indígena é reconhecido como expressão importante da cultura material Guarani. Objetos tradicionais, passados de geração em geração, constituem hoje num dos principais meios de subsistência para as famílias da aldeia de Três Palmeiras (Boapy Pindo), localizada no município de Aracruz-ES.
Totalmente artesanal, sua produção envolve a utilização de matéria-prima encontrada na mata, como o cipó-imbé, a taquara, dentre outros, empregadas no feitio de uma variedade de peças como esculturas de madeira, instrumentos musicais, cestarias, adornos etc.
A fim de garantir a continuidade e a transmissão destes saberes, sentimos a necessidade de oferecer aos mais jovens uma estrutura adequada ao aprendizado das técnicas e ao manuseio dos instrumentos empregados na fabricação dos objetos; garantindo também o sustento de suas famílias no futuro.
Nós da Associação Guarani Boapy Pindo pedimos sua colaboração para com nosso projeto Reikwaapa – Legado do Povo Guarani, que tem como objetivo a criação de espaços e de condições para que os próprios artesãos indígenas ministrem oficinas de artesanato para crianças e jovens da aldeia, repassando os conhecimentos que adquiriram de seus antepassados, ajudando a preservar a arte e a cultura guarani e construindo alternativas para a geração de renda. Para tal precisamos de 3.000 reais para a compra de materiais e equipamentos que possibilitem a estruturação física do espaço.
As peças produzidas nas oficinas pelos artesãos indígenas serão expostas no Centro Cultural Guarani Tatati Ywa Rete, localizado na aldeia de Três Palmeiras – Aracruz/ES, aberto à visitação durante o dia. Para apoiar, clique AQUI.

http://catarse.me/pt/crowdfundingguarani. Compartilhada por Lucia Carneiro.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Pastor da universal faz exame de vista em satanás e pega fogo

Pastor da universal faz exame de vista em satanás e pega fogo:

eu vi e copei do Genizah....








O vídeo fala por si só...











Persiga o @genizahvirtual no Twitter



 


Das 3.782 terras quilombolas do país, só 193 foram tituladas

Das 3.782 terras quilombolas do país, só 193 foram tituladas:

Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil
Para a ministra da Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Luiza Helena de Bairros, o principal entrave é a falta de interação entre o governo federal e os institutos de terras dos estados, responsáveis por 73% das titularizações. A cientista social Lílian Cristina Bernardo Gomes, da UFMG, alerta que os projetos de lei em tramitação no Congresso visam retirar mais direitos dessa população, estimada em 1,17 milhão de brasileiros
Najla Passos
Brasília - A ministra da Secretaria Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Luiza Helena de Bairros, disse nesta segunda (5), em audiência pública no Senado, que a falta de interação entre o governo federal e os institutos de terras dos estados é o principal entrave para a regularização fundiária das terras remanescentes de quilombos, prevista pela Constituição Federal de 1988 e que avança há passos ainda mais tímidos do que as das comunidades indígenas. “Há quilombos em terras devolutas dos estados, que não são contestadas por outras partes. Nós não temos desculpas para que a titulação não aconteça em uma velocidade maior”, afirmou.
De acordo com a ministra, o Brasil possui, hoje, cerca de 1,17 milhão de quilombolas, boa parte deles vivendo no limite da miserabilidade. Ela informou também que há hoje no país 1.948 áreas reconhecidas como terras remanescentes, além de outras 1.834 já certificadas pela Fundação Palmares, órgão ligado ao Ministério da Cultura. São exatos 1.167 processos abertos para titulação de terras. Entretanto, apenas 193 áreas foram, de fato, tituladas. “Nossa prioridade, agora, é dar ao Programa Brasil Quilombola a dimensão estadual que ele sempre deveria ter tido. Precisamos pensar as políticas públicas em todas as suas dimensões”, observou. 
Luiza Helena de Bairros informou que o Brasil Quilombola, criado há oito anos pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, estrutura as políticas públicas destinadas aos quilombolas em quatro eixos: acesso à terra; infraestrutura e qualidade de vida; inclusão produtiva e desenvolvimento local; e direitos e cidadania. “Por mais que melhoremos as políticas sociais, a avaliação do governo por parte das comunidades não passa por isso. Passa pela nossa capacidade de dar conta dos problemas fundiários. Do ponto de vista das comunidades, é a questão central. Portanto, além de ampliar cobertura das políticas sociais, temos que fazer com que a regularização fundiária tenha avanços mais significativos”, acrescentou.
Professora da Faculdade de Ciências Sociais, Política e História da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Lilian Cristina Bernardo Gomes destacou a importância do país conter o etnocídio a que o povo negro brasileiro vem sendo submetido historicamente. “A democracia brasileira só se aprofundará na medida em que ela for capaz de refletir o que se passa na sociedade”, afirmou.
Segundo ela, a demanda principal das comunidades quilombolas é a terra, porque a noção de identidade dessas comunidades está diretamente ligada ao território em que vivem. Entretanto, apesar da Constituição Federal reconhecer este direito e aclamar a cultura remanescente como patrimônio nacional, são inúmeras as artimanhas utilizadas para restringir os direitos desta população. “De onze projetos de lei já apresentados na Câmara sobre o tema, sete são restritivos ao direito quilombola”, afirmou.
Como exemplos, citou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 215/2000, que transfere do governo para o Congresso a responsabilidade pela demarcação de terras indígenas e quilombolas, e o Projeto de Lei 1.836/2011, que descaracteriza o caráter coletivo da propriedade das terras quilombolas. A pesquisadora criticou a supressão, pela Câmara, de um trecho do Estatuto da Igualdade Racial (Lei 12.288/2010) que reafirmava o direito definitivo à propriedade das terras e esclarecia que o benefício é coletivo.
Para Lílian Cristina, se não tivesse sido suprimido da lei, o trecho asseguraria direitos aos quilombolas que hoje são contestados no Supremo Tribunal Federal (STF), em especial a ação apresentada pelo DEM questionando a inconstitucionalidade do Decreto 4.887/2003, que regulamenta o procedimento para identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras ocupadas por remanescentes das comunidades dos quilombos. A cientista social avalia que estruturas políticas caducas reverberam o lugar comum de que, no Brasil, o branco é o detentor natural da posse da terra.
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http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=21200

“Nosso déficit não é de casas, é de cidade”

“Nosso déficit não é de casas, é de cidade”:
Raquel Rolnik defende que atualmente não há políticas para moradia, apenas políticas focadas no setor imobiliário e financeiro

GCM e funcionários da Prefeitura expulsam famílias que ocupavam terreno na Vila Prudente - Foto: Ale Vianna/Folhapress
Pedro Carrano e Thiago Hoshinode Curitiba (PR)
A questão não é apenas a falta de moradia no Brasil. Mas a falta de espaço e de uma política para o desenvolvimento urbano. Isso em meio a um quadro de financeirização da construção de imóveis nas cidades. Assim, os programas de crédito na área de moradia ganham um aspecto de política anticíclica, mas estão distantes de resolver a questão da moradia digna no Brasil.
Este é o panorama montado pela relatora especial para o direito à moradia da ONU, Raquel Rolnik, arquiteta e urbanista, que esteve em Curitiba, onde participou de um evento promovido pelo Ministério Público e UFPR. Visitou também duas comunidades da região metropolitana que serão afetadas pelas obras da Copa do Mundo. Entre uma atividade e outra, concedeu a entrevista abaixo ao Brasil de Fato
Brasil de Fato – O tema das cidades foi pautado, nas eleições municipais, com a atenção que merece, na sua avaliação?
Raquel Rolnik – Os momentos eleitorais, no Brasil, infelizmente são pouco pautados e se constituem pouco como embates de projetos de cidade. Há uma dimensão político-partidária, e raramente o debate se dá em torno de projetos alternativos de cidade, no amplo espectro em que isso está acontecendo no Brasil. Por outro lado, começamos a perceber entre os cidadãos um movimento maior de interesse pela cidade, pela política urbana, fruto do próprio amadurecimento e consolidação das cidades no Brasil, mas principalmente em função do enorme mal estar nas cidades brasileiras e o seu modelo insustentável. Particularmente, o agravamento dos problemas de mobilidade. Mas a questão da discussão do modelo de cidade que queremos também começa a ser pautada a partir daí, em várias instâncias, em vários momentos. Mas ainda estamos longe de discutir projetos de cidade nos momentos eleitorais.
Parece que os projetos oscilam entre a construção de obras, ou então numa melhor gestão dos recursos, mas poucas propostas no âmbito democrático e popular.
Infelizmente, a pauta da democratização da cidade é uma pauta dos anos 1990, das gestões municipais. Ela desapareceu da agenda das gestões municipais. Ela foi muito importante durante o processo de redemocratização, e durante o processo de construção de novas coalizões com projetos de poder, mas hoje ela é absolutamente irrelevante, e, nos 5.564 municípios pode ter algum, mas no geral a gente não vê que o tema da democratização da gestão, que foi um tema importante, ainda faz parte da agenda. Nada disso. A discussão hoje primordial está centrada em cima das obras, mas que obras? E que gestão de serviços? Poderia até ser uma bela discussão sobre obras e padrão de gestão de serviços, se isso estivesse ligado a alguma proposta de planejamento da cidade, mas não é. Curioso, no processo eleitoral anunciam-se mágicas, “vou fazer um mágica”, quando a gente sabe que a questão mais séria, que nos ajuda a entender por que nossas cidades não são planejadas, está nas gestões, que têm que mostrar serviço em quatro anos, para serem reeleitas, mas nenhum projeto de reestruturação da mobilidade se impõe em quatro anos. As mudanças que têm que acontecer na realidade brasileira são mudanças estruturais, em quinze a vinte anos, como em qualquer país do mundo. Mas os gestores têm que encontrar o que dá para inaugurar, porque se não der para inaugurar, como vai mostrar o que se fez?
Quais os outros entraves desse processo?
Sobre a cidade em si existem níveis de gestão diferentes: várias agências da União, governo do estado e município, e nós não construímos no Brasil ainda a área de Desenvolvimento Urbano, ao contrário da área da Saúde, que passou por uma reforma do Estado e uma estruturação do Estado. A gente pode criticar que está bom ou ruim, mas temos um Sistema de Saúde, no qual você tem mais claramente hierarquizado quais são as competências dos entes, você tem um processo de controle social, você tem a universalização do acesso à saúde como meta, então você tem um piso per capita, você tem um sistema estruturado. Na área do desenvolvimento urbano, nós não temos um sistema estruturado, nós temos competências concorrentes. Isso é uma coisa não equacionada, sobre qual é a competência de cada ente, quais são os mecanismos de cooperação entre os entes, não tem nenhum sistema estruturado em cima da universalidade do acesso à cidade como padrão.
Então, embora não estejam na agenda, medidas como a reforma urbana, ações previstas no Estatuto da Cidade, ainda são urgentes?
Sim, mas a questão é que o Estatuto das Cidades enuncia princípios e diretrizes importantes, mas na prática nós não fizemos uma reforma do Estado na área do desenvolvimento urbano, que permita inclusive que os entes executem esses princípios e diretrizes do Estatuto. Essa é uma dimensão mais institucional, e a outra é mais política. A economia política das cidades ainda é conduzida pelos setores que têm na cidade o seu negócio. São interesses econômicos mais ligados ao setor imobiliário e ao setor das empreiteiras de obras públicas, concessionárias de serviço público. Isso aí manda nas cidades, nas câmaras municipais, e portanto nós não conseguimos romper essa lógica da hegemonia desse setor nas cidades. Houve uma tentativa de enfrentamento disso inclusive que passa pela democratização da gestão. Quem são os interlocutores? São esses elementos presentes na coalização dominante, então acho que nós temos um desafio enorme para aplicar a reforma urbana no Brasil. Ela foi anunciada e não foi implementada. Estamos falando de terra, numa cultura patrimonialista, então é muito difícil romper a hegemonia patrimonialista na gestão das cidades.
O quadro de despejos na Espanha e EUA é um cenário que podemos ver também na realidade brasileira a médio prazo?
É muito difícil avaliar. Eu acabei de ler um estudo do Ipea, que discute se o que estamos vivendo hoje é ou não uma bolha imobiliária. As condições em que está acontecendo todo esse processo de explosão de preços no mercado, esse boom da indústria da construção civil, evidentemente catapultado pela existência de crédito, pela existência de subsídio, pelo Minha Casa Minha Vida, e pela própria dinâmica do interesse econômico, pela mudança do padrão e do perfil das empresas construtoras e incorporadoras no Brasil, que abriram seu capital em bolsa, completamente diferentes como setor, um setor muito financeirizado, esse processo é muito diferente do que está acontecendo na Espanha e que aconteceu nos EUA. Dito isso, por outro lado se por alguma razão o processo de crescimento econômico for interrompido e começarmos a viver algum tipo de crise com aumento do desemprego, e diminuição radical da renda, evidentemente as famílias endividadas vão ter dificuldade para pagar, mas a pergunta é que não parece no horizonte que o Brasil vai viver uma crise econômica. É engraçado que no IPEA há um estudo que provava que era uma bolha, e na mesma semana saiu o boletim oficial do Ipea provando que não era uma bolha. O mais evidente é que não vamos resolver o problema da habitação no Brasil, principalmente para os mais pobres, através dos programas de crédito, em nenhum lugar se conseguiu isso, e não é no Brasil que se vai conseguir também.
A classe trabalhadora no Brasil teve acesso a maiores rendimentos, mas na questão da moradia há uma pendência muito grande.
Acho que não são irrelevantes os aumentos de renda e de poder de consumo que os mais pobres tiveram no Brasil, tudo isso é absolutamente claro, o problema é que nosso déficit não é de casas, é de cidade, de urbanidade, e isso o Minha Casa Minha Vida não resolve, tanto é que ele está claramente estrangulado pela inexistência de áreas urbanizadas adequadas. Então o Minha Casa Minha Vida, é um programa de dinamização econômica e geração de empregos, não é uma política habitacional, não é algo que avalia as necessidades habitacionais e a partir dali desenha uma política, ele tem outra finalidade. E moradia não é que nem geladeira, que se arruma dinheiro e leva para casa. O que pode estar aparecendo, e eu verifiquei isso numa região de Curitiba, é que nós vamos produzir a partir desse programa áreas inteiras de “não cidade”, com população de baixa renda, guetos de ‘não cidade’, com todas as consequências que isso pode ter.
Como vê essa questão em Curitiba, considerada capital “modelo” de urbanismo?
Para a cidade e para as pessoas, no caso do Tatuquara (periferia-extrema de Curitiba, usada para programas de moradia como o MCMV) é uma coisa que hoje nos mapas da Cohab eu olhei aquilo e eu lembrei imediatamente do que foi produzido por um programa semelhante durante vinte anos no Chile e produziu na Zona Sul do Chile um imenso território que hoje é uma fonte de problemas sociais e urbanísticos, e acho que é isso que vai acontecer. Eu tenho mais medo disso do que da bolha, das famílias ficarem endividadas, tenho mais medo do produto cidade que vai ser isso, um produto desqualificado com efeitos muito ruins sobre a vida das famílias, um monte de depósito de gente, e não produção de cidades, acho que isso é mais preocupante do que o perigo da bolha.
O caso do Tatuquara é sintomático da política de Curitiba em relação ao urbanismo?
Infelizmente, neste caso isso não é um modelo de Curitiba, é um modelo do Brasil. Em toda a grande cidade há um ou dois ‘Tatuquaras’, esse é um modelo predominante. Curitiba não muda nada e não inova nada em relação a este modelo. Na minha opinião, Curitiba tem uma capacidade local de planejamento e gestão superior a das outras cidades brasileiras, mas, assim como elas, não rompeu com um modelo de exclusão territorial. E essa é uma questão política e não técnica. E há cidades que não têm nenhum mapa cartográfico, quer dizer, o problema é de natureza política. E outra: acho que tem uma questão local, mas eu acho que há uma federativa que não está resolvida – o que temos na área de desenvolvimento urbano? Um banco que financia casa e projetos de transporte e de saneamento. A política urbana é muito mais que isso, o banco devia ser um dos instrumentos de uma política e não “a” política, financiamento tem que ser instrumento da política e não “a” política, isso também é uma financeirização da produção das cidades e que não é exclusiva do Brasil.
Em relação ao PAC, quais são os impactos do programa nas populações?
Eu posso falar um pouco do PAC urbano, PAC das mobilidades e favelas. É interessante haver recurso para fazer urbanização integral de favela e para projetos de mobilidade. Mas, posto isso, de novo o nosso drama é a relação desse projeto e o planejamento geral da cidade. O que é um pouco triste é ver que o PAC, assim como ‘Minha Casa Minha Vida’ veio depois do ciclo de elaboração dos planos diretores participativos das cidades, e no entanto, não tem nenhum tipo de diálogo com ele. E a gente vê muita coisa, o PAC da Copa no Rio de Janeiro é uma abertura de uma frente de expansão imobiliária, na Zona Sul, concentrando valores onde já têm, então é questionável e poderia servir para implementar projetos mais debatidos e pactuados de cidade.
http://www.brasildefato.com.br/node/10961

Teles Pires e Odebrecht: Bem vindos ao inferno

Teles Pires e Odebrecht: Bem vindos ao inferno:

As corporações se orgulham da construção da usina Teles Pires, e consequente destruição do santuário ecológico amazônico. Financiada pelo BNDES a juros zero a Odebrecht abre caminho para a exploração mineral, a barragem e a construção da hidrelétrica é apenas o pano de fundo para a propaganda. O preço dessa incursão é impagável e seu impacto sobre nós e as próximas gerações será devastador. Eles tratam santuários ecológicos como papel higiênico. Emporcalham rios, derrubam florestas, matam a fauna, destroem meios de vida, dizimam etnias indígenas, tudo em nome do poder sobre os homens e da acumulação de dinheiro. Quando a última árvore for cortada e o último rio morrer talvez descubram que ouro não se come e que petróleo não se bebe. A natureza é patrimônio da humanidade não de corporações doentias e políticos atarantados ávidos por poder e dinheiro.
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Enviada por Juliana de Paula.

Atentados físicos e políticos: o monólogo do latifúndio na Terra Indígena Marãiwatsédé, Mato Grosso

Atentados físicos e políticos: o monólogo do latifúndio na Terra Indígena Marãiwatsédé, Mato Grosso:
Gilberto Vieira dos Santos*
Um indígena Xavante de Marãiwatsédé voltava de Barra do Garças para aldeia depois de ter deixado outros Xavante para tratamento de saúde, no último dia 3 de novembro. Na cidade de Água Boa foi abordado por um não indígena que perguntou se ele era filho do cacique Damião, o que ele, com medo, negou. Mais adiante, depois da cidade de Ribeirão Cascalheira, foi perseguido por dois carros com pessoas que reconheceu serem de Posto da Mata, núcleo da invasão no território indígena Marãiwatsédé.
Segundo informações de lideranças da comunidade, os homens de Posto da Mata perseguiram o motorista Xavante ao longo da rodovia BR 158 em alta velocidade. Nas proximidades do Posto Malu, o motorista viu outros homens com mais três carros querendo parar e cercar o veículo. Ao tentar escapar da perseguição o motorista capotou o veículo, tendo perdido temporariamente os sentidos, sofrendo algumas escoriações. Felizmente, por ser uma região movimentada, caminhoneiros chegaram e o pior foi evitado.
Na somatória deste (fa)nordeste matogrossense: um indígena abalado pela violência, um veículo queimado pelos perseguidores, deixando a comunidade indígena sem transporte para atender seus futuros pacientes e mais uma manifestação do “poder de diálogo” que tem os invasores de Marãiwatsédé.
Enquanto isso, preparando os atentados políticos, fazendeiros se utilizando de suposta organização religiosa, articulam mais uma “apelação”, entre as tantas que já fizeram para postergar o que não podem mudar: a desintrusão.
Mulheres bloqueiam ruas em Brasília e apelam para a condição de mulher da presidente Dilma, e dizem ter as mesmas supostas provas, já tantas vezes desmascaradas, de que Marãiwatsédé não é Marãiwatsédé. Em todos estes tristes fatos reside a inegável verdade: os direitos dos povos indígenas não são considerados.
Portanto, não se ouvirá os invasores dizerem que foram enganados, que mesmo sabendo ser terra indígena pensavam e foram levados a pensar que nunca sairiam. Que os políticos, inclusive prefeitos da região e outros que ocupam cargos na Assembleia Legislativa, que ou incentivaram a invasão ou fazem de tudo para mantê-la, são essencialmente anti-indígenas, antes de serem pró-invasores. Que os interesses são outros, não defender “indefesos pequenos agricultores”, mas reafirmar que em Mato Grosso, terra do agronegócio, não deve haver lugar para povos indígenas. E para isso todos os recursos serão acionados, sejam financeiros, o lobby, a pistolagem e os falsos argumentos, sem uma ordem definida.
Não obstante, como o mundo não é feito apenas de más notícias, ao mesmo tempo em que o agronegócio reafirma seu monólogo, diversas organizações e pessoas sensíveis a vida se mobilizam em apoio aos povos indígenas. Por intermédio das mais diferentes formas de manifestação chama a atenção para a “verdade verdadeira”: os direitos dos povos indígenas são inalienáveis, indisponíveis, imprescritíveis. E para reafirmar esta verdade, unirão seu grito: Somos todos indígenas, somos todos Guarani, SOMOS TODOS MARÃIWATSÉDÉ!!!
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*Coordenador do Cimi Regional Mato Grosso
http://www.cimi.org.br/site/pt-br/?system=news&conteudo_id=6598&action=read

Tupinambás – Um breve histórico de muitas violências

Tupinambás – Um breve histórico de muitas violências:

Cacique Babau
Relatos, provas, testemunhos e inquéritos comprovam a perseguição sofrida pelos Tupinambás
Por Renato Santana, Do Brasil de Fato
Na região do recôncavo Baiano, o histórico recente de violências por parte do Estado contra os Tupinambá é vasto. De prisões arbitrárias, abuso de força policial, torturas, destruição de casas, veículos comunitários, alimentos e equipamento escolar a lista de acusações contra o Estado parece interminável.
Foi assim que a Polícia Federal impôs sistematicamente, por ordem de  decisões judiciais ou outras motivações nem tão claras para os indígenas, pressão aos Tupinambás para que deixassem as áreas retomadas por meio da luta. As ações recaíram principalmente contra o líder, Cacique Babau, e seus familiares. A seguir o Brasil de Fato apresenta uma lista cronológica das idas e vindas da justiça local e das ações da Polícia Federal:
17 de abril de 2008
 Primeira prisão do cacique Babau, acusado de liderar manifestação da comunidade contra o desvio de verbas federais destinadas a saúde. O cacique estava em Salvador no momento dos fatos.

Marcas de tortura e destruição - Fotos: Haroldo Heleno/Cimi
23 de outubro de 2008
Ataque da PF na aldeia da Serra do Padeiro, com mais de 130 agentes, 2 helicópteros e 30 viaturas – para cumprimento de mandados judiciais suspensos no Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região e contra orientação do Ministério da Justiça, resultando em 22 indígenas feridos a bala de borracha e intoxicação por bombas a gás, destruição de casas, veículos comunitários, alimentos e equipamento escolar.
27 de maio de 2009
Prisão preventiva do irmão do cacique Babau, por dirigir carro da Funasa carregando mantimentos. O Desembargador Cândido Ribeiro, do TRF da 1ª Região, não encontrou justificativa na ordem de prisão, da Justiça Federal de Ilhéus.
2 de junho de 2009
Cinco pessoas foram capturados e torturados por agentes da PF – spray de pimenta, socos, chutes, tapas, xingamentos e choque elétrico. Os laudos do
IML/DF comprovaram a tortura, mas o inquérito concluiu o contrário.
10 de março de 2010
Cacique Babau é preso durante a madrugada em invasão da PF em sua casa, embora a versão dos agentes – comprovadamente falsa – informe que a prisão
teria acontecido no horário permitido pela lei.
20 de março de 2010
Prisão do irmão do cacique Babau, por agentes da PF em plena via pública, enquanto levava um veículo de uso comunitário da aldeia para reparo.
16 de abril de 2010
Babau e seu irmão são transferidos para a penitenciária de segurança máxima
em Mossoró (RN), por receio da PF de ver manifestações diante de sua carceragem em Salvador pela passagem do “dia do índio”, em desrespeito ao Estatuto do Índio.
3 de junho de 2010
A irmã de Babau e seu bebê de dois meses são presos na pista do aeroporto de Ilhéus pela PF, ao voltar de audiência com o presidente Lula, na Comissão Nacional de Política Indigenista, por decisão do juiz da comarca de Buerarema. Permanecem presos em Jequié por dois meses, até o próprio juiz resolver revogar a ordem de prisão.
5 de abril de 2011
Estanislau Luiz Cunha e Nerivaldo Nascimento Silva foram presos numa situação de “flagrante preparado” – prática considerada ilegal– num areal explorado por empresas, de dentro da Terra Indígena Tupinambá. Acusados baseados em meros indícios dos crimes de “extorsão” pela PF, Estanislau – que toma remédios controlados – e Nerivaldo – que teve a perna direita amputada, após baleamento por agente da PF – respondem ainda por “tentativa de homicídio” contra policiais federais. Coincidentemente, a ação foi feita na véspera da chegada do Secretario de Justiça do estado da Bahia, à região. Após dois meses e meio presos, o TRF da 1ª Região lhes concedeu a liberdade por 3 x0 em julgamento de habeas corpus, em 20 de junho.
3 de fevereiro de 2011
Prisão da Cacique Maria Valdelice, após depor na Delegacia da Polícia Federal em Ilhéus, em cumprimento ao Mandado de Prisão expedido pelo Juiz Federal Pedro Alberto Calmon Holliday, acusada de “esbulho possessório”, “formação de quadrilha ou bando” e “exercício arbitrário das próprias razões”. A cacique foi libertada no final do mês de junho, após cumprir quatro meses em prisão domiciliar.
14 de abril de 2011
Por volta das 5h da manhã, fortemente armados e com mandado de busca e
apreensão, vários agentes da PF vasculham a residência da cacique Valdelice,
assustando toda a família – principalmente os muitos netos da cacique. Em
Salvador, chegava para reuniões com autoridades locais a “Comissão  Tupinambá” do CDDPH.
15 de abril de 2011
Fortemente armada, a PF acompanha oficiais de justiça em cumprimento de mandado de reintegração de posse. Indígenas e Funai não haviam sido previamente intimados do ato, que foi presenciado pelos membros do CDDPH, que testemunharam o despreparo de agentes e a presença de supostos fazendeiros que incitavam as autoridades contra os indígenas.
28 de abril de 2011
A Polícia Federal instaura o inquérito, intimando o procurador federal da AGU e os servidores da Funai a prestar depoimento sobre denúncia de “coação” contra a empresária Linda Souza, responsável pela exploração de um areal, situado na terra Tupinambá.
29 de abril de 2011
Prisão do cacique Gildo Amaral, Mauricio Souza Borges e Rubenildo Santos Souza, três dias antes da delegação composta por deputados federais da CDHM e membros do CDDPH/SDH visitarem novamente os povos indígenas da região por causa das violências que continuam a ser denunciadas.
5 de julho de 2011
Cinco tupinambás são presos pela PF, sob as acusações de “obstrução da justiça” e “exercício arbitrário das próprias razões”, “formação de quadrilha” e “esbulho possessório”.
http://www.brasildefato.com.br/node/11069

Agrotóxico da Bayer usado como chumbinho é banido do Brasil

Agrotóxico da Bayer usado como chumbinho é banido do Brasil:
Ele era usado no cultivo de batata, café, citros e cana-de-açúcar
Por Vivian Fernandes – Radioagência NP
Estão proibidos no Brasil todos os produtos à base do agrotóxico aldicarbe, que é utilizado de forma irregular como raticida doméstico (conhecido como chumbinho). No último mês de outubro, o Ministério da Agricultura cancelou o registro do Temik 150, da empresa Bayer. Esse era o único agrotóxico à base de aldicarbe autorizado no país. A informação do banimento foi divulgada na segunda-feira (5) pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Segundo o governo federal, quase 60% dos 8 mil casos anuais de intoxicação por chumbinho são causados pelo produto. O aldicarbe é o mais tóxico entre todos os ingredientes ativos de agroquímicos até então autorizados no país. Ele era usado no cultivo de batata, café, citros e cana-de-açúcar.
A Anvisa aponta que o chumbinho é ineficaz no combate doméstico de roedores. Segundo o órgão, pelo fato do primeiro animal que ingere o veneno morrer imediatamente, os outros roedores não consomem o mesmo alimento. Já os raticidas legalizados são eficazes, pois provocam um envenenamento lento.
A intoxicação por chumbinho se manifesta em menos de uma hora após a ingestão do produto. Entre os sintomas típicos estão náuseas, vômito, visão borrada, dor abdominal, diarreia, tremores e taquicardia. A Anvisa tem um serviço telefônico nacional e gratuito para esses casos, o Disque-Intoxicação: 0800-722-6001.
http://www.ecoagencia.com.br/?open=noticias&id=VZlSXRlVONlUspFVX1GdXJFbKVVVB1TPbhh

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

“O índio e o monstro”, por Telma Monteiro

“O índio e o monstro”, por Telma Monteiro:

by racismo ambiental


Índio isolado da TI Tanaru em fuga
O céu estava escuro, um nublado plúmbeo. Muito calor e umidade e ar abafado traziam um silêncio agonizante na floresta. Um silvo ou assovio ecoou para alertar os animais e espantar a indolência no ar. Humano?
O ser coberto por um negrume que parecia pó de carvão imobilizou-se, mimetizado entre ramos e galhos. Eram sombras suaves brincando na pele brilhante respingada de gotículas. As passadas eram cuidadosas, mas pareciam retumbantes naquele silêncio quebrado pelo som dos gravetos que gemiam ao seu peso. O índio solitário tentava entender os movimentos e sons que vinham do meio da mata qual um animal desconhecido.
O galho estalou no alto da árvore.  Um vulto brilhou contra a luz pálida daquele dia cinza, mostrando dentes reluzentes e forma desconhecida e assustadora. O índio arqueou o pescoço e viu o monstro. E o barulho era indecifrável. Um ranger de ferros e correntes vinha de um grande objeto metálico. Apenas um espectro, sem carne e carcomido pela ferrugem. O som era um rugido estranho e rescindia a óleo de palma.
A criatura de metal era irreal para aquele ser assustado e já trêmulo. Em posição de defesa, com a longa flecha diante do rosto apontava o inimigo indecifrado. O metal descascado em algumas partes refletia um brilho esmaecido pela luz filtrada por nuvens carregadas.  Mais um passo e a curiosidade suplantou o medo. Um naco da floresta, onde antes havia grandes árvores, tinha desaparecido. Dali ele podia vislumbrar o rio. O seu rio corria furioso para se desvencilhar dos troncos que boiavam criando formas abstratas num caos vociferante.  A água estava tinta de terra vermelha. O medo novamente o dominou e ele acreditou, por um momento, que o rio agonizava, ferido.
Gritos desconhecidos. De repente o céu desabou. Mas não era um trovão e ele esperou e olhou para cima e não sentiu a chuva. E o rimbombar se repetiu e ele levou as mãos aos ouvidos, caiu de joelhos imerso na angústia provocada pelo desconhecido. Mais explosões e pequenas lascas de pedras caíram sobre seu corpo trêmulo. Estaria diante de um deus enfurecido e desgostoso? Teria ele cometido algum ato que o enfurecera? Que oração e oferendas seria preciso para acalmar esse novo deus do mal?
Correu de volta alucinado, percorrendo a margem enlameada do rio, do seu rio que sempre o guiara de volta. O barulho ensurdecedor foi ficando mais longe, não o perseguia. Prestou atenção nos pequenos roedores assustados que passavam  em busca de abrigo. As copas das árvores se agitavam com a fuga das aves e até o peixes pareciam irriquietos. A floresta estava diferente. O seu mundo mudara.
Trôpego alcançou abrigo atrás de uma grande castanheira. Lá em cima uma nuvem escura de fumaça e um cheiro diferente impregnou o ar. Seu coração acelerado se recusou a tomar o ritmo normal. O céu estaria desabando?
O índio entendeu que era o fim do seu mundo. Correu.
NA: Esse texto é uma pequena homenagem ao único indígena, remanescente de uma etnia desconhecida, ameaçado pelo Complexo do Madeira, que se abriga e sobrevive da floresta amazônica, fugindo de qualquer forma de contato com outra cultura. O legado do seu conhecimento ancestral será reconhecido, no futuro, apenas pelos vestígios que deixará.
http://telmadmonteiro.blogspot.com.br/2009/04/o-indigena-da-terra-tanaru-simbolo-da.html

Seminário ‘Formas de matar, de morrer e de resistir: limites da resolução negociada dos conflitos ambientais e a garantia dos direitos humanos e difusos’

Seminário ‘Formas de matar, de morrer e de resistir: limites da resolução negociada dos conflitos ambientais e a garantia dos direitos humanos e difusos’:
A Rio 92 marcou a institucionalização do tema ambiental na agenda pública do país. Por um lado, se esta institucionalização significou o reconhecimento da relevância do meio ambiente como tema que concerne toda a sociedade, por outro, ela implicou também a adoção de práticas e técnicas de governo próprias de um regime internacional que, capitaneado por instituições financeiras internacionais, desqualifica o debate político interno da nação brasileira, na sua multiplicidade de visões, de trajetórias, de tensões e de desafios.
Nos últimos 20 anos, processos de democratização do país vem sendo esvaziados por técnicas de governo que, a despeito de utilizarem termos comuns, partilham, de fato, de léxicos e projetos políticos divergentes daquele que aponta para uma perspectiva emancipatória da sociedade civil.
Assistimos, então, à institucionalização de procedimentos de “negociação/mediação/resolução de conflitos ambientais e construção de consensos” que aparentam aderir às formas democráticas de gestão, mas, em realidade, deslocam o foco de atuação da esfera dos “direitos” para a dos “interesses”, flexibilizando direitos constitucionalmente conquistados.
O seminário pretende reunir pesquisadores oriundos de diferentes núcleos de pesquisa do país e representantes do Ministério Público de diferentes estados da federação para juntos debaterem esta tendência atual e suas implicações para a sociedade brasileira.
Público-alvo: Ministério Público, Secretarias de Direitos Humanos, advogados, estudantes, pesquisadores e movimentos sociais.
Data: 19 de novembro de 2012, das 8:30 às 18:00
Local: UFMG, Campus Pampulha. Auditório A104 – Centro de Atividades Didáticas (CAD) 2 – Ciências Humanas
Número de vagas: 250
Inscrições: inscrições gratuitas no local, por ordem de chegada. Certificados serão emitidos eletronicamente.
PROGRAMAÇÃO
Mesa de Abertura (8:30-9:00)
Representante da UFMG (a confirmar)
Representante do Ministério Público Federal (a confirmar)
Conferência (9:00-9:40)
Título: Flexibilização de Direitos e Justiça Ambiental
Conferencista: Jean Pierre Leroy (FASE)
MR1 (9:45-12:30)
Tema: TACs, Perícias, Licenciamento e Direitos
Palestrantes: Eliane Cantarino O’Dwyer (UFF), Célio Bermann (USP), Afrânio Nardy (Juiz de Direito-MG), Representante MP-SP (a confirmar)
Caso: Comunidades Tradicionais no Norte de Minas – Carlos Dayrell – CAA
Coordenador: Elder Andrade de Paula (UFAC)
Debatedor: Andréa Zhouri (UFMG)
Intervalo de Almoço: 12:30-14:00
MR2 (14:00 – 15:30 horas)
Tema: Banco Mundial e governança: desafios para a garantia dos direitos humanos
Palestrantes: Gustavo Bezerra (UFF), Klemens Laschefski (UFMG), representante MP-MG (a confirmar)
Caso: Representante Plataforma Dhesca (a confirmar)
Coordenador: Cleyton Gehardt (UFRGS)
Debatedor: Marijane Lisboa (PUC-SP)
MR3 (15:30 -17:00)
Tema: Cidade e Governamentabilidade: dos desastres sucessivos aos desastres à espreita
Palestrantes: Norma Valencio (UFSCar), Eder Carneiro (UFSJ), representante MP-RJ (a confirmar)
Caso: Teresópolis – filmagem
Coordenador: Rômulo Soares Barbosa (Unimontes)
Debatedor: Miracy Gustin (Faculdade de Direito/UFMG)
Síntese (17:00- 18:00) – Marijane Lisboa (PUC-SP); Maria Jesus Morais (UFAC), Ana Flávia Santos (UFMG)
Carta de Belo Horizonte
Comissão Organizadora: GESTA/UFMG e NEPED/UFSCar
Apoios:
- Comitê Povos Tradicionais, Meio Ambiente e Grandes Projetos da ABA – Associação Brasileira de Antropologia
- Grupo de Estudos Amazônicos – GEAM (UFF)
- GEDMMA – Grupo de Estudos Desenvolvimento Modernidade e Meio Ambiente (UFMA)
- Lemto – Laboratório de Estudos sobre Movimentos Sociais e Territoralidades (UFF)
- NAC – Núcleo de Agroecologia e Campesinato (UFVJM)
- NINJA – Núcleo de Investigações em Justiça Ambiental (UFSJ)
- Observatório dos Conflitos Urbanos e Socioambientais do Extremo Sul do Brasil (FURG)
- Programa de Extensão “Centro de Referência em Direitos Humanos na Tríplice Fronteira Acre/Brasil, Pando/Bolívia, Madre Díos/Peru” (UFAC)
- TEMAS – Grupo de Pesquisa Tecnologias, Meio Ambiente e Sociedade (UFRGS)
- TRAMAS – Trabalho, Meio Ambiente e Saúde (UFC)
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https://www.facebook.com/notes/henyo-trindade-guarani-kaiow%C3%A1/semin%C3%A1rio-formas-de-matar-de-morrer-e-de-resistir/491706840862239
Compartilhado por  Henyo Trindade Guarani Kaiowá.

Ciência Social Ceará: Vídeo aulas sobre os clássicos da Sociologia

Ciência Social Ceará: Vídeo aulas sobre os clássicos da Sociologia
by Ciências Sociais do Ceará..

sábado, 3 de novembro de 2012

chaosmose capt 7 . 2

chaosmose capt 7 . 2:
continuando a discussão do capt 7 do Chaosmose francês  O Objeto Ecosófico, recentemente traduzido por nós Mauro S R Costa e Alita Sá Rego… capitulo inexistente na versão brasileira de Caosmose e q vc pode baixar aqui em .pdf….








Download: caosmose-capt-7-2.mp3



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