quinta-feira, 31 de março de 2011

SODOMA É AQUI!

SODOMA É AQUI!: "










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sobre desejos...


Um filme muito interessante do Mel Gibson é aquele em que ele ganha os poderes de saber os desejos mais íntimos das mulheres, e em conseqüência disso, mete-se nas mais estranhas confusões. Certamente seria muito útil saber o que se passa no intimo das pessoas, principalmente se necessitássemos fazer trocas e vendas. Alias, no âmbito pastoral, poderíamos usar isso como uma fantástica ferramenta, descobrindo o que as pessoas querem e negociando com base nisso.

Estudo, publicado em sites da internet, logo, com pouca ou nenhuma validade a priore, falam que grande parte dos revelamentos que as pessoas tem, ou seja, aquelas vontades de Deus, coincidem com as vontades da própria pessoa. Isso é curioso, porque certamente Deus deve saber o que desejamos, entretanto, o que acontece na maioria dos casos, é que projetamos nossos desejos para Deus, e usamos Deus como desculpa para fazermos o que queremos fazer.

Mas é mais complicado ainda, pois se consideramos as repressões e os problemas psicológicos que a sociedade e a religião causam nas pessoas, via de regra, não conhecemos nossos desejos mais íntimos, e por isso, podemos construir para nos um Deus muito estranho. Como podemos vislumbrar essa sombra de alma? Uma forma é pelo ato falho.

Um exemplo interessante disso foi o nobre deputado Jair Bolsonaro, que afirmou sem querer, que os negros não são descentes a priore. Ok que ele se equivocou na pergunta, mas note que ele estava tão excitado condenando os homossexuais, que acabou externando o que há de mais intimo nele com respeito aos afro-descendentes. Alias, o problema dele parece que é mais com a Moça, a Preta Gil. Sim, ele poderia ter se retratado ali, mas não o fez, fazendo-o apenas quando foi acusado de crime.

Outro exemplo é Eva no Éden, onde a (o) serpente insinua que Deus tem medo que ela se torne deus, mas vejamos que pode definição Deus não tem medo, mas Eva tinha medo, e portanto, poderia transferir isso para Deus, imaginando Deus a sua imagem e semelhança.

Assim, grande parte do que imaginamos com respeito a Deus não passa de espelho dos nossos desejos. Por isso, faz-se necessário sempre uma revisão dos nossos valores e posições com respeito as coisas. Deveríamos cuidar de não afirmar isso é Deus, sem antes ler os textos e de refletir espiritualmente sobre o tema. Leitura bíblica deve ser leitura, ou seja, deve-se entender o que texto diz, e não apenas dizer o que “espiritualmente ou simbolicamente” ele significa.

Deus deve saber o que desejamos, e mediante a isso, é um milagre que não sejamos pulverizados pelos pequenos desejos íntimos que temos. Ele deve compreender nossos problemas e necessidades, ele deve nos compreender, e portanto, devemos nos esforçar no sentido de sermos pacientes, tolerantes e tardios na ira, pois se Deus é assim, porque passar raiva no lugar dele?

terça-feira, 22 de março de 2011

Sobre o desastre Japonês e os urubus evangélicos...

Sobre o desastre Japonês e os urubus evangélicos...

Marcos Henrique Garcia dos Anjos

Os recentes acontecimentos no Japão mostraram o quanto os seres humanos e suas obras são frágeis perante a natureza. Muitas pessoas mortas, pessoas que ficaram doentes devido a radiação, pessoas que perderam todos os bens matérias, pessoas que perderam os entes queridos, e mesmo seus animais de estimação. A tristeza disso é profunda, e aponta para a nossa própria pequenez mediante a vida, ao mundo e a historia como um todo. O fato, é que a Bíblia já diz que o sol nasce para o bom e para o maus, e ainda, que é na angustia que se faz o irmão (Prov 17:17).

Provérbios 27:10 10 Não abandones o teu amigo, nem o amigo de teu pai, nem entres na casa de teu irmão no dia da tua adversidade. Mais vale o vizinho perto do que o irmão longe.

Entretanto, sempre que ocorrem esses momentos históricos de comoção aparecem os urubus atraídos pelo cheiro, ou pela esperança, da carniça fácil. Neste sentido, apesar de milhares de manifestações de solidariedade no meio evangélico, ainda tem surgido vozes de anônimos e de famosos afirmando ser este evento um resultado da ira de Deus, e resultado da incredulidade, da arrogância e da ganância dos Japoneses.

Primeiramente, isso demonstra a tremenda falta de solidariedade que essas criaturas têm para com o próximo. Solidariedade é uma palavra do mesmo campo semântico de empatia, e de fato essas pessoas não têm simpatia nenhuma pelas pessoas que sofrem. Lembro-me do 11 de setembro de 2001, onde muitos evocaram uma fala de que dizia que aquilo era resultado do pecado do povo americano, e depois, no desastre do furacão Katrina, observaram que New Orleans era um reduto de feiticeiros e do voodoo. Se Deus agisse desta forma, Brasília e grande parte das igrejas evangélicas que conheço já teriam sido tragadas pelo chão, ou carcinadas como Sodoma e Gomorra.

Em segundo lugar, existe o problema da falta de conhecimento histórico. Pois, antes de discutirmos os problemas teológicos devemos considerar que todo aquele que afirma que os japoneses não aceitam a Jesus por serem materialistas, como certo formador de opinião tem dito, não conhece a história da evangelização do Japão.

Sabe-se o evangelho chegou no século XVI , com o Jesuíta Francisco Xavier que desenvolveu amplo trabalho ali, até que os processos políticos locais tornaram-se hostis aos estrangeiros. Considerando a estrutura feldal deste período, há relatos de aristocratas que chegam a convertes 18000 vassalos e a construir dezenas de igrejas. No governo de Tokugawa os cristão foram perseguidos e expulsos, mas já no 1873, na era meiji, o cristianismo foi liberado (ver: http://www.culturajaponesa.com.br/htm/ cristianismo.html). Depois disso, começo do século XX, muitas igrejas proliferaram no Japão, e muitos foram alcançados, tanto por católicos quanto por protestantes (ver: historia da igreja Holiness).

Quando da segunda Guerra Mundial, o imperialismo Japonês impôs sobre a igreja forte perseguição, de modo que pastores e cristãos foram mortos, ao passo que outros foram obrigados a reverenciar o imperador como divindade. Após a guerra a igreja caiu em descrédito, justamente pela desestruturação da liderança, pela perda de credibilidade daqueles que se prostraram, os lideres e cristão fieis que sobraram ficaram em situação difícil, pois o invasor era cristão, e portanto, adorar o deus do inimigo não me parece algo fácil de qualquer maneira. Na Alemanha, aliada do Japão nesta guerra, o processo foi semelhantes (ver Dietrich Bonhoeffer), sendo que a igreja permaneceu existindo por fazer parte da cultura local, diferente do Japão onde ela não estava consolidada. Um detalhe curioso, é que Nagazaki, cidade destruída por uma das bombas nucleares americanas, era um dos maiores centros católicos da época.

Alem disso, com a relativa desestruturação da religião tradicional surgiram as novas formas de religiosidade japonesas, como o Seicho-no-ie, Messiânica e outras, que de uma forma ou de outro fizeram uma mistura entre o positivista racionalista ocidental, um pouco de confucionismo, alguns elementos Cristão e o próprio Xintoísmo.

Além disso, a pregação do evangelho como é feita no ocidente não responde as questões do japonês contemporâneo, o jurássico Jesus salva, liberta e cura é incompleto para atingir um povo que tem fortes referenciais culturais e étnicos. Para o brasileiro que nem sabe de onde veio, é fácil mudar de religião da noite para o dia, mas para alguém que conhece seu passado e sabe pensar seu futuro, a pregação dos arautos contemporâneos não tem muito sentido. Se a Bíblia fosse lida como se deve, poder-se-ia alcançar muitos japoneses, falando de aspectos da mensagem de Cristo que lhes responderiam as principais perguntas e anseios existenciais. Para tanto, seria necessária uma investigação cultural profunda, além de um esforço teológico e institucional no sentido de caminhar na direção ao evangelizado de forma contextualizada e coerente. Entretanto se repararmos que a maioria dos pastores e missionário que trabalha com missão, japonesa ou não, nem se dispõe a aprender a língua dos nativos, tal ambição tem ares utópicos.

Em terceiro lugar, voltando a questão dos que se vangloriam na desgraça do desastre, a questão da falta de conhecimento teológico com respeito a teologia da desastre.

Luke 13:1-5 ARA 1 Naquela mesma ocasião, chegando alguns, falavam a Jesus a respeito dos galileus cujo sangue Pilatos misturara com os sacrifícios que os mesmos realizavam. 2 Ele, porém, lhes disse: Pensais que esses galileus eram mais pecadores do que todos os outros galileus, por terem padecido estas coisas? 3 Não eram, eu vo-lo afirmo; se, porém, não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis. 4 Ou cuidais que aqueles dezoito sobre os quais desabou a Torre de Siloé e os matou eram mais culpados que todos os outros habitantes de Jerusalém? 5 Não eram, eu vo-lo afirmo; mas, se não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis.

Neste texto, é ensinado que aqueles que morrem em desastres sociais e naturais, não sabemos por que a torre caiu, talvez tenha sido um sismo, são tão pecadores quanto aqueles que não morreram. Isso gera a necessidade de solidariedade e empatia para os que sofrem, e não um espírito de superioridade, afirmando que quem fica é mais juntos que quem vai.

Na perícope posterior, Jesus prossegue falando da figueira, onde se ela não der frutos será arrancada. A figueira não são as pessoas que sofrem, mas sim o povo de Deus, ou seja, os cristãos que não tem misericórdia, pois eles mesmos, a seu tempo, se não derem frutos, deverão ser tirados por motivos práticos. O Fruto da figueira, que é o povo de Deus, pode ser visto em Gálatas 5.

No que tange a Igreja, o problema central é a falta de evangelho. No Grego evangelho significa boa noticia, informando que formos salvos da morte, no fronte da cruz, e que Jesus ressuscitado e nos espera para o grande final. O evangelho é isonômico, pois todos somos pecadores, e somos salvos pela graça do Cristo, e não somos melhores ou mais santos que os demais seres humanos, também não somos mais amados por Deus que as demais pessoas que caminham sobre a terra sendo, portanto o único diferencial, o fato de termos nos achegados a Deus por intermédio de Jesus.

Posto isso, falta evangelho na igreja, pois a maioria das pessoas não se converte por experimentar o amor de Deus, antes vão à igreja porque estão com graves problemas. Não que isso seja errado (C.S. Lewis), mas o fato é que quando resolvem seus problemas com a ajuda de Deus, acabam por não acreditando que Deus não seja amor, Deus, para eles, é um negociante mesquinho que causa o mal para encher sua igreja, de forma que essas pessoas permanecem nas comunidades muito mais por medo de serem punidos do que por experimentarem o verdadeiro amor de Deus. Tenho visto pessoas com trinta e cinqüenta anos de igreja, algumas que são lideres e pastores, que ainda não experimentaram o amor gratuito de Deus. Por outro lado, existem milhares de cristão que se abandonaram na graça de Deus, e tem feito muita diferença nestes dias.

Em conseqüência disso, temos a teologia da igreja como um hospital. Se tenho que aceitar que a igreja é local de cura, que em certa passagem do Novo Testamento grego aparece como therapeu, não tenho que crer que a igreja seja um hospício de pessoas que nunca se curam, e devem ser armazenadas ali para não fazerem mal ao restante da população. Não estou falando, de forma alguma, dos doentes físicos ou mentais, que alias são colocados na igreja para que demonstremos nosso amor, mas refiro-me àqueles que não entendem a graça de Deus, não aprendem a ter paciência e tolerância para com os que pensam de forma diferente.

Por que existe tanto problema nas igrejas? Fofoca, mentira, julgamento, hipocrisia, intolerância e outros casos ocorrem porque as pessoas não experimentaram o amor pleno de Deus. Um bom exemplo disso é a frase comum que se diz quando alguém nãos e converte: é...deus vai ter que pesar a mão sobre a vida de fulano para que ele se converta. Vejam que as pessoas que dizem isso desejam que o mal aconteça sobre a vida de alguém, para que possam ser humilhadas e venho à igreja se prostrar. Outro exemplo é quando alguém acaba engravidando do namorado, e vai a frente pedir perdão a igreja, muitos ficam felizes dizendo: bem feito, sempre achei que fulana e o beutrano eram arrogantes etc...ou ainda, quando acontece com um filho de um líder ou pastor, ficam questionando se os pais dos jovens são tementes a Deus ou não.

Por fim, acredito que devemos nos solidarizar com os japoneses, pois esses dias são difíceis. Não devemos julgar nem apontam, antes é a presença de Deus, através da igreja verdadeira que fará a diferença na vida daquelas pessoas. Não importa se elas aceitarem Jesus ou não, o importante é fazer aquilo que o próprio Jesus faria, amar sem esperar nada em troca, e continuar fazendo o bem até que ele venha.

terça-feira, 8 de março de 2011

EUA 'discriminam' no direito à água e saneamento, diz relatora - Correio do Brasil

EUA 'discriminam' no direito à água e saneamento, diz relatora - Correio do Brasil: "

EUA 'discriminam' no direito à água e saneamento, diz relatora
Correio do Brasil
Para Catarina de Albuquerque, existem disparidades na distribuição dos serviços que afetam afrodescendentes e indígenas. A relatora independente para o Direito à Água Potável e Saneamento afirmou que está preocupada com leis, políticas e práticas sobre ...

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Índio caçando na floresta amazônica

Índio caçando na floresta amazônica: "






lá estava eu fazendo um curso de sobrevivência na mata quando me deparo com um legítimo índio da tribo "tucano" caçando ferozes bichos no meio da selva.

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