terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

As igrejas são todas iguais, salvo exceções...

Conversas no facebook (1)



            Estando eu a insultar alguns no Facebook, insurgiu uma polêmica com respeito a minha afirmação de que as igrejas são todas iguais. Isso é deveras agressivo, considerando que grande parte dos participantes do grupo de discussão são pastores e cuidam de suas respectivas igrejas. Além disso, afirmei que geralmente os cultos tem um louvou ruim e pregações piores, agora esterei justificando minhas colocações com alguns poucos e pobres argumentos. Espero, desde já manifestações no comentários do blog...

            Vamos ao meu currículo: participei (o?) de igrejas neo-ortodoxa desde 1994. já foi na Assembléia de Deus, já freqüentei a Comunidade Cristã, já freqüentei presbiterianas grandes e pequenas, já estive me igrejas batistas, já estive me comunidades pentecostais de bairros, já foi em congressos, retiros, conversões. Já foi em culto metodista, culto G12, culto Nova Aliança, Culto Luterano, Culto Luteranos Pentecostal. Acho que isso me permite dizer algumas coisas....
            Primeiramente, os cultos são todos iguais em termos de musica. São sempre as mesmas, se a equipe é fraca são aquelas mesmas musicas da década de 1990, como em espirio em verdade, e outra da comunidade zona sul. Ai começam a bater palmas, e sempre tem umas senhoras que não acertam a batida, é engrado mas mostra desrespeito com os mais velhos que gostam de hinos. Quando a igrejas tem mais condições colocam musicas novas da lagoinha e do David Killer, que ficam repetindo a mesma frase melhares de vezes, na que as musicas sejam ruins em si, mas seu uso continuo enjoa. Teologiamnte elas são aberrações, como aquela do Balsamo de Gileade, ou aquela das águas profundas....pior de todas é aquela que queima uma noiva.
            Segunda coisa, a liturgia depende da denominação, mas geralmente elas caminham para paradigma Louvor, Testemunho, oferta e pregação. Eu não deveria reclama isso, pois é melhor que aquilo que acontece na IURD onde é oferta, musica, oferta, musica, oração oferta, oferta pregação, oferta tira demônio, e oferta final. Não acho a lógica errada, mas ajuda a entendermos que tudo é igual em todas.
            Terceira coisa, os dirigentes são sempre um show a parte. alguns tem algum talente, convenhamos, mas via de regra não tem muita percepção do que estão fazendo. Geralmente cantam mal, mas isso não é problema. Acho chatissimo quando começam a pregar, durante quase uma hora, ou ainda, quando começam a afirmar que são levitas e tal, e que a unção está na bateria. Pior que isso, o dirigente começa com aquela micareta mandando os irmãos virarem para o lado e dizerem frases: eu te amo ou a benção tralalá.. Mas ainda não acabou, pode piorar quando começam aquelas músicas com dancinhas, três passinho para o lado, e ergue a mão, acho isso de uma cretinice insuportável e uma falta de respeito. Confesso que já foi músico e dirigente de culto, e desde aquela época era mais fácil ficar no palco que no publico, para não ter que ficar fazendo esse rituais. Por fim, para encerra a noite, o dirigente começa a orar em línguas estranhas....ninguém merece, principalmente quando você leva um visitante na igreja.
            Quanta coisa, O testemunho é um momento que muitas igrejas usam em suas liturgias. É terrível, principalmente quando você conhece a vida pessoal das pessoas da igrejas e sabe que elas estão mentido. Geralmente é aquela história Deus me deu um carro, Deus salvou-me casamento. Se a igrejas tem 3 a 10 membros, é legal até, dá para ser bem útil compartilhas as coisas, mas numa igreja de 300 pessoas, isso é freak show que apenas enrola a liturgia. Voltando ao dirigente, as vezes não tem ninguém querendo pagar o mico do testemunho, e o tal dirigente começa a ameaçar a platéia de que Deus vai tirar a benção dos irmão se eles não forem contar...prometi para mim mesmo que da próxima vez que eu estiver em um culto e um dirigente fizer isso, vou dizer: Cale-se, saia daí e traga o pastor logo que estou com presa....
            O mesmo principio se aplica as oportunidades que acontecem nas igrejas pentecostais tradicionais, são bem intencionadas mas quando tem-se uma dúzia de oportunidades é cansativo demais. Alias, o pior culto que fui na vida foi na igreja A Palavra de Cristo para o Brasil, era um culto que congregava todas as igrejas, durou coisa de umas 5 horas, eu fiquei cerca de 3 horas em pé. Ninguém prestava atenção quanto as pessoas faziam performances de todos os tipo, a pior delas, foi um pastor, já de certa idade com uma capa de cetim e um espada de papel encenando algo envolta da Bíblia, com alguns escudeiros, ridículo é pouco para exprimir o meu sentimento, se fosse crianças de 4 anos, eu até entenderia mas um velho, nunca assembléia de velhas fazendo aquilo, tenha paciência.

            Quinta coisa, as pregações são sempre as mesmas. É uma dúzia de versículos que sempre são pregados em todas as igrejas. Isso deve-se, eu acho, ao fato que os pastores não estudam e se estudam ficam lendo Benny Hinn, Grage Hill, ou Rick Warren e usam as idéias para fazer suas teses. Além disso como os pastores não sabem grego nem hebraico, eles não fazem exegeses coerentes dos textos, e portanto fica apenas repetindo o lugar comum de sempre. Tem uns bons pregadores, como Ricardo Agreste e outros, mas os pastores locais na tem capacidade de inventar nada novo. mas pode piorar...
            Pior ainda é o pastor mais espiritual que não prepara a pregação. Fica falando em circulo, pois sabe que seu ouvintes não conseguem perceber que ele não tem argumentos, e no final ele usa algo emocional e faz o apelo. Já vi pregações onde o cabra cita um versículo, e fala de outra coisa, e no final volta ou versículo. 0% de coerência homilética 0% hermenêutica e 100% de energia emocional (isso cansa quem presta atenção nas coisas). No ultimo culto que fui, era uma senhora que não estudou teologia pregando, e eu achei uma boa pregação, pois considerando que ela não tinha as ferramentas hermenêuticas avançadas, mesmo assim ela falou coisas que tinham sentido e correspondia ao ensino da comunidade em questão, muito bom na minha opinião, mas se o sujeito pregador é pastor e tem formação, ele tem que ter mais argumentos e avançar de forma profunda nas questões bíblicas, e sinceramente, tirando o Haroldo da Batista Nova Esperança, faz tempo que não vejo coisa que preste.
            Por fim, o que seria um culto razoável ao meu ver: 1. Musicas Com Mensagem Bíblica bem estruturada em um altura audível (chega de barulheira), sem gritaria e sem emocionalismo (locais onde isso existe: Paróquia da Inclusão, presbiteriana jardim primavera..) 2. Ofertório discreto, pois doutrinas como aquelas que afirma que se não se pregar sobre oferta o povo estará sendo roubado da benção é HERESIA, alias a própria doutrina da oferta e do dizimo deveria ser revista biblicamente.(Algumas igrejas tradicionais, Caminho da Graça, Capela da Inclusão..) 3. Testemunho orientado para a experiência com Deus e não para bênção material (Ex: vi um testemunho católico, na TV, que tinha esse caráter, mas não sei se nas demais igrejas é assim...). 4. pregações que combinem espiritualidade, com experiência de vida e teologia sistemática coerente. Por vezes, muitos pregadores falam da vida como se fosse moleques, não entendendo as dificuldades e dores humanas, por exemplo: não entendo como as pessoas ficam doentes. É só orar e crer que sua enfermidade irá embora...esse tipo de afirmação é típica de canalhas mentirosos, ou de pessoas que nunca sofreram as dores da vida. (Igreja Batista Nova Esperança...)

            Ultimo comentário. O que é crítica? Crítica é falar o que se pensa sobre dados assuntos e é isso que eu fiz. No que isso implica? Implique que essas são minhas idéias que você pode (deveria ) ou não concordar. Além disso, todas as igrejas estão corretas, pois fazem o que lhes parecem melhor. Toda liturgia é resultado da soma dos valores da comunidade e da instituição, e quanto a isso não tenho nada a dizer, além de apenas guardar meu domingo para assistir o fantástico ou um bom filme.


Esse texto nasce como continuação do Pastores Pós-modernos, e é oriundo das discussões da lista de Eclesiologia ps-moderna no facebook. Agradecimento ao senhor Roberto Aguiar e a Sr. Timothi Pugh....



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