quinta-feira, 28 de março de 2013

ARRENDATÁRIO AMEAÇA COMUNIDADE DA ALDEIA TAKWARA EM MATO GROSSO DO SUL

ARRENDATÁRIO AMEAÇA COMUNIDADE DA ALDEIA TAKWARA EM MATO GROSSO DO SUL:
da pagina do Tribunal Popular

Arrendatário de uma porção da fazenda “Brasília do Sul”, situada dentro dos limites da Terra Indígena Takwara foi até a sede da aldeia para ameaçar as lideranças e avisar que o desmatamento continua!


Como foi divulgado no último dia 22 de março, o extermínio das matas da aldeia Takwara ainda não cessou e os latifundiários da região além de desmatarem a única área preservada dentro dos limites da aldeia, passaram a ameaçar a comunidade e desta vez, os criminosos, de maneira ainda mais desinibida e truculenta, foram até a sede da aldeia para avisar que o desmatamento vai continuar.

É sabido que a mata remanescente da região está sendo derrubada para a expansão da lavoura de cana já existentes ilegalmente dentro dos limites da aldeia.

Segundo lideranças locais, estimasse que hoje há cerca de 30 capangas armados que se revezam em turnos controlando a estrada de acesso, trilhas e fazem a vigília do maquinário usado e da operação.

Desde dezembro de 2012, o Tribunal Popular vem alertando sobre o acirramento do conflito contra os Guarani Kaiowá da Aldeia Takwara no município de Juti (MS). Os indígenas vem sofrendo todo tipo de violência, desde ameaças de morte a suas lideranças até a destruição das matas de seu território originário.

Em janeiro de 2013, foram registramos dois incêndios criminosos na aldeia, com a intenção clara de preparar o terreno para a ampliação do cultivo da monocultura cana-de-açúcar.

Diversas foram as ameaças contra as principais lideranças da aldeia, estas ameaças só foram amenizadas depois de muita pressão realizada pelos indígenas para que a Força Nacional fizesse uma intervenção e permanecesse por um período na área, até que fossem presos os jagunços que estão a serviço do fazendeiro Jacinto Honório da Silva. Lembramos que o Sr. Jacinto Honório não foi responsabilizado por mais esse delito.

A tensão instalada nesta região do Mato Grosso do Sul e a permanente omissão do Estado brasileiro sobre a resolução em definitivo da demarcação e homologação desta Terra Indígena, tem intensificado cada vez mais a violência por parte dos fazendeiros contra o povo Kaiowa e Guarani, o exemplo mais recente dessa prática foi a invasão de um dos arrendatários das terras da Fazenda Brasília do Sul (que se sobrepõem a Aldeia Takwara), para desmatar a última reserva florestal presente nesta área. Diversas testemunhas relataram ao Tribunal Popular que na manhã desta terça-feira (26/03) este arrendatário, foi até a Takwara, para fazer pessoalmente ameaças ao povo da aldeia.

O Tribunal Popular alerta mais uma vez que o governo brasileiro tem se omitido de forma criminosa em relação as demarcações e homologações das terras indígenas no Brasil e em particular com as terras do povo Kaiowa e Guarani.

As mazelas que ocorrem na Aldeia Takwara são de conhecimento de todos os poderes públicos municipais, estaduais e federal, em especial o poder executivo federal principal responsável por resolver esta situação. Há duas semanas, seis lideranças do povo Kaiowa e Guarani, estiveram em Brasília (DF) e novamente deram ciência ao Ministro da Justiça, Ministra da Casa Civil, Procuradoria Geral da República e FUNAI, sobre a situação desumana vivida cotidianamente pelos indígenas .

Caso o agravamento desta situação levar a morte ou mais violência contra o povo da Aldeia Takwara,será de inteira responsabilidade do governo federal que não honra qualquer compromisso que tenha feito com o povo Kaiowa e Guarani e os abandonou a própria sorte.  

O que acontece em MS contra o povo Kaiowa e Guarani é um crime contra a humanidade e uma tentativa deliberada de exterminar os indigenas, fazendo com que aconteça assim um etnocídio.

O Tribunal Popular, vem exigir do Estado brasileiro:

1º A imediata demarcação e homologação de toda as terras reivindicadas pelo povo Kaiowa e Guarani;
2º A garantia que nenhum falso proprietário (grileiros) entre e destrua as terras do povo Kaiowa e Guarani;
3º A intervenção imediata para cessar o desmatamento da última reserva de mata existente na Aldeia Takwara
4º A segurança permanente da Polícia Federal e/ou Força Nacional nas áreas de retomada do povo Kaiowa e Guarani;
5º Responsabilidade aos fazendeiros pelos crimes cometidos e fim da  impunidade;

O Tribunal Popular, conclama a todxs xs lutadores do povo a se unir na luta Guarani Kaiowá e dos povos indígenas .

Tribunal Popular: o Estado brasileiro no banco dos réus

DENUNCIEM!!!
Excelentíssima Senhora Presidenta da República: Dilma Vana Rousseff
Excelentíssima Senhora Presidenta da Fundação Nacional do Índio: Marta Maria Azevedo
Ministério Público Federal de Dourados: Dr. Marco Antônio de Almeida
Ouvidoria Geral do IBAMA – Linha Verde Mato Grosso do Sul – Abel Cafure
Fone : (67) 382-2966 ou 382-1802 ramal 231
Fax : (67) 325-8987
E-mail : abel@ms.ibama.gov.br
-14.235004
-51.925280


vi no racismo ambiental

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