A muito
tempo tenho consumido, em maior quantidade que deverias, as malditas séries
americanas. Não tenho condições, principalmente tempo, para acompanhar todas as
milhares delas que aparecem toda temporada, mas aproveito pelo menos umas três
ou quatro por ano. Elas são malditas por vários motivos, entre eles cito o fato
de serem perfeitamente previsíveis e de certo modo ingênuas, além de poderem
ser canceladas da noite para o dia. O problema maior, no entanto, é que ainda
assim, ínsito em segui-las..
Depois do
final desastroso, o qual eu já havia previsto com antecedência (nota mental:
registrar minhas previsões no blog) , do Lost (2004-2010), o publico ainda
espera algo realmente novo. Especificamente neste subgênero das séries de
ficção, cientifica ou não, houveram diversas boas tentativas que não
frutificaram, pois por diversos motivos o público não acreditou nelas
(Flashforward). A ultima novidade do gênero é Terra Nova (2011), e sobre elas
eu gostaria de refletir, apontado que ela não passa de mais uma fraude.
Terra Nova
propõe-se a contar uma história de uma família que migra do futuro apocalíptico
para o passado paradisíaco (85 Milhões de Anos). A idéia é bem bacana, têm
tiros que não matam, têm armas sônicas, dinossauros, viagem no tempo, discussão
de universo paralelo, problemas e dramas familiares, problemas sociais,
problemas políticos, afrodescendentes morando nas florestas, e carros
estilizados, mas por traz disso, tem um cheiro de algo muito, muito podre, que
me diz: eu já vi isso antes.
Primeiramente
a abertura é uma mistura da abertura do Heroes, com o planeta ao fundo,
com a abertura do Liga da Justição sem limites, com algo de StarGate. Alias,
pensando bem, é um Stargate do avesso. A abertura de uma série fala muito sobre
o cuidado com que série está sendo feita, bastando pensar na abertura do Game
of Thrones, onde cada episódio tinha uma abertura diferente.
Em segundo
lugar, o probleminha do esquema básico. Series de uma familiazinha de fronteira
é mais velho que andar para traz. Ai tem a mamãe médica, que parece com o Perdidos
no Espaço (Maure Robinson), que tem uma filha mais velha espertinha, inspirado
na Liza Simpson, e um filho rebeldezinho, como o do Falling Skie.
Alias, falando em Falling Skie, tem o cara esperto que acaba tenho um
chefe de cabeça branca, meio surtado, que tem inimigos em toda parte. Alias, o
ultimo episodio da referida, o cara principal foi com os aliens, assim como o
Jim do Terra Nova foi com os Sixters (Vilões Primários da série), fez uma certa
amizade e resgatou uma criança.
O chefão
malvado é outro tema recorrente. E apensar da escolha do ator ter sido muito
boa, é o mesmo personagem do tiozao do Avatar, isso não me incomoda, pois como
disse o Jovem Nerd, se ele tivesse sido selecionado para participar do alien o
oitavo passageiro, nada daquilo teria acontecido.
Fiquei
pensando naquele portão, onde as cenas de combate vão acontecer constantemente.
Lembra bastante o Parque dos Dinossauros meio que ao contrario. Eu até achava o
Parque dos Dinossauros até bacana a 20 anos atrás. Teve um sina alias, que o
sujeito lutou com um dinossauro pequeno batendo nele com uma porta,
sinceramente já vi essa cena antes
O Jim
(tiozão principal), lembra o policial de outra série chama Eureka, onde era uma
cidade que tinha um monte de cientistas. O detalhe é que o par romântico do
cara, era uma morena, que lembra muito a medica do Terra Nova. É bacana os
grigos colocarem mulheres com algo latino indiano como padrão de beleza, isso é
bom, o problema é que eu já vi isso antes. Alias, desde o saudoso BattleStar
Gallactica, (Whatafreeak), tinham uma das superdróides (Cyler) que era meio
morena também. Se tivesse tempo, eu montaria um mosaico, só para provar minha
tese.
Os Sixters
parecem com os outros, do saudoso Lost. Acredito que eles vão se mostrar como
sendo apenas umas peças de um jogo político. Lembro que os outros (hostis) do
Lost tinha um jeito de espertões, mas no final, foram morrendo como moscas e
mostrar-se muito pouco espertos. Estou pensando que o filho do Commander
Nathaniel Taylor, seja como o Benjamin Linus do Lost. A Namoradinha do filho do
Jim, parece com a Juliet, mas é som impressão.
De fato, a
cada dia fica mais complicado inventar algo realmente novo, que faça sucesso.
Lembro com tristeza da série Caprica que tinha elementos bem inovadores,
mas que acabou não vingando. Alguns dizem que foi por causa do conservadorismo
do publico americano que não agüenta uma discussão religiosa realmente
profunda, mas acho que foi mesmo por burrice do publico que não deve ter
entendido a piada.
Recomendo a
Serie Terra Nova, sem muita expectativas como demonstrado acima, mas parece uma
série que tem potencial. Se algum leitor for amigo dos produtores, diga-lhes
que futuros alternativos seria uma coisa boa, assim como dinossauros
inteligentes, e ainda alienígenas. Além é claro de um blindado para o Commander
Taylor...isso ajudaria bastante, pois já que Terra Nova é uma fraude, pelo
menos que seja divertido...
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