sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
Eduardo Viveiros de Castro | Livros de Humanas
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
sábado, 24 de dezembro de 2011
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
A Bíblia é livro para criança!
Criança! Está no centro da Bíblia!
No jardim, a Trindade nos prometeu a Criança!
O antigo testamento conta com o Deus formou e conduziu um povo para que a Criança, nascendo de mulher, pelo poder do Altíssimo, fosse trazida para a história, a fim de abençoar a humanidade.
O novo testamento conta como a Trindade formou e conduz o povo que leva a Criança, a toda a humanidade, para abençoar a nossa história, para que a nossa história termine em salvação.
E a Criança, que cresceu em graça e sabedoria, diante de Deus e dos homens, portanto, sem perder a "criancitude", disse que quem quiser viver sob o reinado dos céus tem de se tornar criança.
Criança é a fase do ser humano onde o Pai é tudo, sabe de tudo, e pode tudo!
Criança confia no Pai, e não tem medo da vida, porque o Pai pode tudo!
Criança usa a sabedoria do Pai, e não tem medo do desconhecido, porque o Pai sabe tudo, de tudo!
Criança usa o discernimento do Pai, e sempre sabe o que é certo e o que é errado, porque o Pai discerne tudo!
Criança desfruta do sustento do Pai, e não tem medo do infortúnio, porque o Pai tem tudo.
Criança ama o Pai com tudo e acima de tudo!
Criança obedece o Pai em tudo!
Criança depende do Pai em tudo e para tudo!
Criança descansa no Pai!
Criança, nos braços do Pai, está salva!
Criança, nos braços do Pai, é segura!
Criança, nos braços do Pai, se gosta, porque se sente amada!
Criança, nos braços do Pai, é feliz!
O Deus Filho se fez criança para que todo o ser humano criança se deixe fazer.
O FIlho se fez criança para nos mostrar o Pai! O Pai que é tudo e, tudo, a nós, em nós, e, para nós, quer, e graças ao Filho, o pode ser.
A Igreja é a parte da humanidade que, por meio do Filho, foi adotada pelo Pai, e habitada pelo Espírito; recuperando, assim, a "criancitude".
A Igreja é a parte da humanidade que sabe, que ser adulto é ser criança que cresceu em graça e sabedoria, diante de Deus e dos homens.
A Igreja proclama: O Pai nos mandou o Filho, o Filho nos leva de novo ao Pai e o Espírito nos faz nascer de novo, e faz, de nós, filhos, nos faz crianças de novo, crianças como todo ser humano deveria ser.
A Igreja convida: vem ser criança com a gente!
A Bíblia é o livro, cujo centro é a Criança! A Bíblia é o livro da Criança, para que crianças voltemos a ser... E para sempre. A Bíblia é livro para criança!©ariovaldoramos
Natal é coisa de Criança - Reflexões Natalinas (3)
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
Como funcionam os sites de fofoca
Reportagem que mostra o dia-a-dia de um portal de celebridades.
Direção: Fernando Muylaert
Texto: Rafinha Bastos
A SALVAÇÃO QUE VEM DAS TREVAS

MTV ridiculariza pastores
'via Blog this'
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Grécia e Itália: a Grande Perversão
O dia do juízo sobre nossa cultura?
Como se coloca o problema de Deus hoje
Alerta vermelho - Rede Brasil Atual
Alerta vermelho Rede Brasil Atual E, segundo relatos dos indígenas, gritavam: “Vamos queimar esses ônibus com índios! Índios vagabundos! Ficam invadindo fazendas”. “Ninguém pode com a gente! Nós mandamos aqui. Vai acontecer do jeito que nós queremos, nunca vamos deixar os índios nem a ... |
OUÇA: Projeto apresenta filmes sobre indígenas no MIS - Portal do Jornal A Crítica de Campo Grande/MS
OUÇA: Projeto apresenta filmes sobre indígenas no MIS Portal do Jornal A Crítica de Campo Grande/MS O Projeto Vídeo Índio Brasil 2011 exibe todos os dias das 14h às 16h30 filmes com a temática indígena no Museu da Imagem e do Som até sexta-feira, 23, em Campo Grande. Algumas películas foram produzidas e realizadas pelos próprios indígenas. ... |
PF indicia quatro fazendeiros e mais seis por ataque a índios e ... - Capital News
PF indicia quatro fazendeiros e mais seis por ataque a índios e ... Capital News Deve ser concluído na quinta-feira (22) o inquérito aberto pela Polícia Federal em Mato Grosso do Sul que investiga um atentado ao acampamento indígena Guayviry, localizado em Ponta Porã, no dia 18 de novembro, quando o cacique Nísio Gomes, ... e mais » |
Paul Washer - igrejas usando meios carnais para atrair pessoas carnais - YouTube
As 10 cidade mais poluídas do mundo
Just the other day a 7 billionth man is born on this planet. Our planet is more and more crowded by the day what can become a really big problem, because with the population increased the pollution of the Earth is bigger. Pollution and garbage are the biggest city problems today. Ten most polluted cities are next.
1. Baghdad (Iraq)
Baghdad is one of the most polluted cities because of the war which still wages on in this country. Frequent bomb attacks and destruction are significantly increasing pollution in this town.
2. Brunei Darussalam
Brunei is a small country in South Asia but that didn’t stop her to be on this list. In this country are measured enormous amounts of carbon dioxide produced by vehicles.
3. Dhaka (Bangladesh)
Dhaka is the capital city of Bangladesh, a country seated in South Asia. In this city are very frequent water pollutions so the city is fighting all the time against the pollution causes which threatens this town.
4. Karachi (Pakistan)
Karachi is the biggest and the most developed town in Pakistan. Karachi is the biggest industrial center of this country which causes the most pollution in this town. In Karachi is noted constant increasing of diseases (eye, skin, heart diseases) and 35% of population is hit with some of this diseases.
5.Lagos (Nigeria)
Lagos is with its 12 million citizens the biggest town in Nigeria and one of the biggest city on African continent. This town is facing large air pollution. Center of this town is almost always foggy.
6.Mexico city (Mexico)
Mexico City is one of the biggest city in the world and one of the most polluted as well, even though he was entitled as one of the cleanest among the most dirtiest cities. Dense traffic and exhaust gasses are making the big part of the city to be in the fog most of the time. The biggest polluter in this town is nitrogen dioxide.
7. Moscow (Russia)
Moscow is the capital city of Russia and it’s ranked among the most polluted cities. Among the traffic and exhaust gasses one of the biggest problem for this city is lack of places to put away the garbage. In some parts of the town cholera appeared.
8.Maputo (Mozambique)
On the streets of Maputo you can find huge amounts of garbage because there is no enough developed system for putting away the garbage. Also, the sewage is in need of refining. One of the deficiency of this city is lack of sewage development.
9.Mumbai (India)
Mumbai is one of the most populated and most busiest city in the world. Huge waste dumps on the streets and the stench are the things that are spoiling and jeopardizing life in this Indian metropole.
10.New Delhi (India)
New Delhi is the capital city and one of the biggest cities in India. Like in Mumbai, huge amounts of waste and garbage are causing stench and many diseases in this town. Waste and non-regulated sewage are polluting water which is leading to increasing sickness among the newborns.
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
A Ceia de Natal - Reflexões Natalinas (2)
Fungo garante ceia criando armadilha para capturar alimento
A gente ouve muito falar em bactérias e vírus, mas os fungos acabam ficando meio negligenciados. No final das contas, eu diria fungos são uns serezinhos bem peculiares… Dê uma olhadinha nas duas fotos abaixo (Fig 1).
Fig 1. Em “A” vemos uma foto do fungo Orbilia auricolor, em “B” vemos um micrografia eletrônica do fungo Arthrobotrys oligospora. Você seria capaz de dizer qual a relação entre eles?
Um grande problema nos estudos de alguns fungos acontecia justamente por que às vezes um fungo era descrito duas vezes com nomes diferentes. E por que isso acontecia? Porque os estágios reprodutivo e vegetativo são morfologicamente diferentes, o que levava a crer que eram espécies diferentes! Um exemplo disso é justamente o fungo da figura 1 – sim, leitor, O. auricolor e A. oligospora são a mesma espécie, o mesmo fungo! O. auricololor é a forma reprodutiva do fungo (na foto vemos pequeninos cogumelos fotografados por cima), enquanto A. oligospora é a forma vegetativa – ou seja: é a forma como o fungo é encontrado comumente no solo, esta fase é também chamada de estágio de crescimento – e esse é o nome pelo qual vamos nos referir a esse fungo no restante do post.
Você deve estar se perguntando “mas o que esse fungo tem de tão importante pra ter um post sobre ele”? Eu poderia falar que ele é frequentemente encontrado em solos poluídos com metais pesados, mas o enfoque aqui será outro: esse fungo tem hábitos carnívoros e mais, ele produz uma armadilha para capturar seu alimento! Na verdade, existem mais de 700 espécies de fungos carnívoros, mas estudos recentes com esta espécie nos permitiram dar um grande passo para a compreensão da biologia do “estágio carnívoro” desses fungos. Antes de falarmos sobre o estudo em si, vamos dar uma olhadinha no modo como esse fungo se organiza para capturar e se alimentar de vermes (nematoides) que habitam o solo (Fig 2).
Fig 2. Estágio parasitário de A. oligospora. Na foto “A” vemos a formação das armadilhas; em “B” vemos um nematoide em meio às armadilhas das hifas do fungo; e em “C” observamos de pertinho o nematoide preso em uma armadilha! O fungo então, penetra suas hifas no corpo do verme, lança enzimas digestivas no animal e, depois, se esbalda no delicioso banquete!
O genoma de A. oligospora foi sequenciado, e o que os pesquisadores descobriram é que o fungo possui 11.479 genes codificadores de proteínas. Depois, foram comprar o genoma desse fungo com o de outros 10 (alguns patogênicos e outros não) e os resultados demonstraram que dos 11.479 genes:
- 6.157 são genes exclusivos dessa espécie fúngica
- 4.249 são genes que são encontrados nas outras espécies analisadas. São genes chamados housekeeping e que estão envolvidos em funções metabólicas básicas das células.
- 112 genes são compartilhados com fungos não patogênicos
- 961 genes são compartilhados com fungos patogênicos
Em seguida, os foram realizadas análises filogenéticas, com a finalidade de verificar o parentesco entre esses 11 fungos, e A. oligospora é tão peculiar (53,64% do seu genoma é exclusivo) que ele compõe, sozinho, um clado na árvore filogenética construída.
Mas algo muito interessante desse estudo foi a tentativa que esses autores fizerem de analisar a regulação da expressão gênica nesse fungo durante a formação das armadilhas. Para isso, eles fizeram uma gororoba um extrato de nematoide e aplicaram no fungo. Posteriormente, analisaram a expressão gênica após 10h e 48h, comparando os resultados com um fungo que recebeu apenas água.
Os resultados demonstraram que houve, nas 10 primeiras horas, um aumento na expressão de 90 proteínas e uma queda na expressão de 16. Porém, após 48h o aumento na expressão ocorreu em 25 proteínas e queda em 94. Lembre-se que esses resultados comparam cada um dos grupos experimentais com o grupo controle.
Verificando-se a natureza das proteínas aumentadas em 10h, concluiu-se que é nessa fase o fungo está num período de crescimento e seu metabolismo está extremamente ativo, ou seja, é nesse ponto que o fungo está formando as armadilhas. Essas proteínas que são superexpressas estão envolvidas nos processos de tradução, modificações de proteínas, metabolismo de aminoácidos e carboidratos, além de genes de metabolismo energéticos e envolvidos na biogênese de membrana celular e parede. É importante ainda dizer que esses genes, quando avaliados no tempo de 48h, estão, em sua maioria, tendo sua expressão reduzida!
Esses fungos são muito importantes para o controle biológico dos nematoides no solo, e pode haver grande interesse industrial para a identificação e produção em larga escala dos metabólitos fungicos que atuam como nematicidas.
Os fungos são capazes de atrair esses vermes e, depois, de percebem a presença deles… Agora o que falta para esse trabalho ficar completo é alguém descobrir qual é o “sinal” que faz o nematoide ser atraído pelo fungo e como fungo percebe a presença desse nematóide desencadeando todas as alterações que o permitirão construir as armadilhas.
Yang J, Wang L, Ji X, Feng Y, Li X, Zou C, Xu J, Ren Y, Mi Q, Wu J, Liu S, Liu Y, Huang X, Wang H, Niu X, Li J, Liang L, Luo Y, Ji K, Zhou W, Yu Z, Li G, Liu Y, Li L, Qiao M, Feng L, & Zhang KQ (2011). Genomic and proteomic analyses of the fungus Arthrobotrys oligospora provide insights into nematode-trap formation. PLoS pathogens, 7 (9) PMID: 21909256
Conversa entre dois Cientistas Sociais - parte 1
vi no Ciência Social Ceará de Pedro Mourão
Via - http://leandrosiris.blogspot.com/2011/12/conversa-entre-dois-cientistas-sociais.html
Para que serve a filosofia?
E se Deus viesse buscar o dízimo?

E preparem-se: Dezembro é mẽs de Trízimo. Sabe como é: tem anjo para receber 13º, abono, participação sobre os lucros...
Numa igreja perto de sua casa...
Pastor aponta arma para adepto de candomblé: 'Você tem corpo fechado?'
condomblecista, seu subordinado
O soldado do Exército Dhiego Cardoso Fernandes dos Santos vivia dizendo ter “o corpo fechado” por ser adepto do...
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Aumenta o número de Jovens que abandonam a fé cristã
Porta de saída
Mais do que em gerações anteriores, os jovens crentes entre 20 e 30 têm abandonado a fé.
Por Drew Dick
Momentos importantes fazem parte da jornada de todo jovem quando ingressa na idade adulta: a chegada à universidade, o começo da carreira, a compra do primeiro apartamento, o casamento e – no caso de muitos cristãos hoje em dia – o distanciamento da fé. Para cada vez mais rapazes e moças na faixa entre os 20 e os 30 anos, tudo o que se aprendeu ao longo de anos e anos de escola dominical infantil, atividades de grupos de adolescentes ou reuniões de oração da mocidade simplesmente parece perder o sentido diante da realidade da vida autônoma e suas múltiplas possibilidades. Motivos para tal esfriamento não faltam: o sentimento de liberdade pessoal, o convite aos prazeres antes proibidos, a ênfase exagerada na vida profissional e no próprio sucesso... Longe da tutela dos pais crentes, jovens que um dia eram vistos na igreja como promissores nas mãos de Deus vão, pouco a pouco, assumindo um estilo de vida mundano. E logo já não são nem um pouco diferentes de seus amigos que jamais estiveram num culto.
Não há, dizem, uma razão específica. O que se alega é um certo cansaço da vida religiosa ou a impressão de que a história do Evangelho, afinal de contas, não é tão verdadeira assim. Todo crente conhece pessoas nesta situação. E a quantidade de gente que deixa a igreja para trás tem aumentado – só no Brasil, segundo o último Censo, já há cerca de 14% de evangélicos confessos sem ligação formal com uma igreja. A tendência é mais aguda entre os jovens adultos, e não apenas por aqui. Na última edição da Pesquisa Americana de Identificação Religiosa, um fato chamou a atenção. A porcentagem de americanos que responderam “sem religião” praticamente dobrou nas últimas duas décadas, crescendo de 8,1% nos anos 90 para 15% em 2008. O estudo também observou que assombrosos 73% deles vêm de famílias religiosas – e quase dois terços foram descritos no estudo como “ex-convertidos”.
O resultado de outra pesquisa também foi expressivo. Em maio de 2009, no Fórum de Religião e Vida Pública, os cientistas políticos Robert Putnam e David Campbell apresentaram uma pesquisa descrevendo o fato de que jovens estão abandonando a religião em “ritmo alarmante”, cinco a seis vezes mais rapidamente do que anteriormente registrado. Fato é que a sociologia já descobriu que a migração para longe da fé cristã, por parte de jovens antes engajados na vida eclesiástica, é um fenômeno crescente. E uma resposta para este fato requer primeiramente uma análise de tal êxodo e o questionamento honesto das razões pelas quais ocorre.
ABANDONO
O presidente do Barna Group, entidade cristã de pesquisas sediada na Califórnia (EUA), David Kinnaman, revela que cerca de 65% de todos os jovens de seu país afirmam ter feito um compromisso com Jesus Cristo em algum momento de suas vidas. Kinnaman entrevistou milhares de jovens para a elaboração de seu livroUnChristian. Segundo ele, a maior parte dos ‘não-cristãos’ da sociedade hoje é formada por gente que em algum momento freqüentou igreja e serviu a Jesus. “Em outras palavras, eles são nossos antigos amigos, adoradores de outrora”, acentua.
Grande parte dos pesquisadores avalia que este dramático número de abandonos espirituais por gente na faixa dos vinte e poucos anos constitui, na verdade, uma etapa no curso da vida de quem chegou à conclusão que vale mais a pena dormir até tarde ou fazer outros tipos de programa aos domingos. O sociólogo Bradley Wright salienta que a tendência da juventude ao abandono da fé é uma característica do cristianismo contemporâneo. A questão do comprometimento moral parece estar na base do processo. Donos do próprio nariz, não poucos jovens de origem evangélica começa a mudar de hábitos, sendo mais abertos a novas experiências e menos refratários àquilo que, durante anos e anos, ouviram ser pecado.
Quando o rapaz ou a moça recém-saída da casa dos pais vai morar com o companheiro, ou encontra na faculdade amigos que fazem convites para noitadas, os conflitos entre a crença e o comportamento pessoal parecem ficar inconciliáveis. Cansados de lidar com o que lhes resta de uma consciência de culpa e relutantes em abandonar aquilo que têm como conquistas pessoais, eles preferem abandonar o compromisso cristão. Para isso, podem usar como argumentos o ceticismo intelectual ou a decepção com a igreja, mas estes são apenas motivos superficiais para esconder a razão principal. A verdade é que a base de crenças acaba sendo adaptada para corresponder às ações.
“Em alguns casos, o processo é gerado por uma decepção com a igreja, levando ao esfriamento”, aponta o pastor Douglas Queiroz, da Igreja Plena de Icaraí, em Niterói (RJ). Há dez anos, ele dedica seu ministério à juventude, aconselhando não apenas novos convertidos como gente que nasceu na igreja mas em algum momento abandonou a fé. “Eles não se identificam mais com a igreja da qual faziam parte”. Para Douglas, esse fenômeno pode ser atribuído, em parte, ao momento em que o jovem vive. Isso se dá pelo distanciamento que existe entre a igreja e a sociedade. O jovem de hoje, detentor de muita informação, não aceita esta relação ambígua, não suporta mais viver numa subcultura ou dentro de um gueto com postura, linguajar e pensamentos distantes do cotidiano”, comenta. Mas existem também, diz o pastor, situações em que não se trata exatamente de um esfriamento espiritual. “A pessoa simplesmente descobre que sua fé não existe, ou seja, nunca houve uma experiência individual. O jovem é cristão simplesmente porque nasceu num lar de crentes e cresceu indo à igreja.”
“PRATOS ATRATIVOS”
A diversidade de situações torna difícil resumir tudo no velho chavão da “rebeldia juvenil”. Aos 30 anos de idade, o ministro de adoração da igreja Casa da Bênção em Jardim Paulista (PE), Juliandreson Pimentel, conhece de perto esta realidade. Funcionário público e estudante de Direito, ele encontra tempo na agenda para trabalhar com jovens e acha que o trabalho tímido de formação nas igrejas está na raiz do esfriamento espiritual dos crentes nesta fase da vida. “Com uma conexão maior fora do ambiente eclesiástico, muitos jovens acabam cuidando mais de si mesmos, negligenciando o serviço de Deus”, comenta. Ao mesmo tempo, existem fatores comuns. Muitos afastamentos foram precipitados, como diz Douglas, por aquilo que aconteceu dentro da igreja, em oposição ao que acontece fora dela. Até mesmo os que adotaram um estilo de vida materialista ou uma forma de espiritualidade vaga demais para ser definida como cristã têm em comum, quase sempre, uma vivência de cristianismo superficial que efetivamente os afastou de uma fé autêntica.
O sociólogo Christian Smith e seus colegas pesquisadores examinaram a vida espiritual dos adolescentes americanos e perceberam que a maior parte deles pratica uma religião que pode ser descrita como “deísmo moralista e terapêutico”, que deixa Deus como o distante Criador que abençoa pessoas que são “boas e justas”. Assim, o objetivo central dessa divindade é ajudar os crentes a se tornarem felizes e a sentirem-se bem consigo mesmos. E como esses adolescentes aprenderam sobre esta forma de fé? Naturalmente, porque ela é ensinada de maneira explícita ou implícita em todas as fases da vida nas igrejas. Ela está no ar respirado pelos frequentadores de igreja, que buscam cultos amigáveis e pequenos grupos de pouco compromisso. Quando esta visão ingênua e utilitarista de Deus se une à realidade, não é surpreendente ver tanta gente saindo porta afora das igrejas.
Criado na igreja, o jovem Gabriel Santana Mariano, de São Paulo, fez esse percurso. Ele conta que o convívio com pessoas “do mundo”, como dizem os evangélicos, acabou colaborando para seu distanciamento da fé. “Os pratos que nos oferecem são bem atrativos”, diz. Os cultos saíram de sua rotina e hoje ele frequenta academias, festas e baladas. A mãe, diz Gabriel, continua orando por ele. “Se não fosse por isso, não sei como poderia estar hoje”, reconhece. Apesar de tudo, ele confessa que acredita e confia em Deus. “Sinto que sinto que não faço parte desse mundo”, revela. “Algo dentro de mim sente um grande vazio e, mesmo que eu tente me enganar, sei que isso é falta de uma comunhão com Deus.”
Os crentes, geralmente, adotam uma dentre duas reações igualmente prejudiciais em relação a alguém que abandonou a fé: tornam-se agressivos, com um discurso de julgamento, ou preferem não se envolver na questão. No encontro anual da Associação Americana de Sociologia, em 2008, um grupo de estudiosos da Universidade de Connecticut e da Universidade de Oregon relataram que “o maior papel dos cristãos no processo de abandono de fé foi amplificar dúvidas previamente existentes”. Os ex-cristãos relataram “dividir suas dúvidas com amigos ou familiares cristãos e receberem respostas triviais e superficiais”. Além de não possuir recursos apropriados para trabalhar com esse grupo, as igrejas, no geral, não sabem lidar bem com aqueles que estão em conflito com sua própria fé.
A crise de pessoas abandonando a fé também passa por outros níveis. Primeiramente, jovens adultos estão abandonando a religião em ritmo mais acelerado e em maior número do que jovens adultos das gerações anteriores, conforme estudos feitos nos EUA e ainda incipientes por aqui. Em segundo lugar, o argumento sobre fases da vida, por si só, não se sustenta. O jovem adulto de hoje não é o jovem adulto de antigamente; o de hoje permanece nesta fase por mais tempo. Casamento, carreira e filhos – a força sociológica primária que leva os adultos de volta ao compromisso religioso – são elementos hoje postergados para os vinte e poucos ou trinta anos.
CAMINHO DE AMOR
Para Onésimo Pinto, pastor de jovens da Igreja Evangélica Bíblica Betel, de Recife (PE), os pais têm uma parcela de culpa no afastamento ou esfriamento da fé dos filhos: “Muitos educam os filhos de uma maneira, mas, na prática, vivem de outra. Então, os filhos aprendem dos pais a tapear e maquiar o cristianismo. O distanciamento acontece no momento em que eles têm acesso caminhos antes inacessíveis”. Segundo ele, esse hiato entre fé e comportamento acaba desestimulando os jovens, que não querem repetir o erro e preferem abrir mão da vida cristã. “Essa é a experiência que identificamos em muitas famílias”, atesta o conselheiro. No entanto, Onésimo também aponta a culpa da Igreja: “Infelizmente, falta um ensino doutrinário que fundamente a fé dos jovens. Muitas igrejas são mais clubes sociais, onde as pessoas vão para se encontrar e agendar programas, enquanto o estudo da Palavra praticamente não existe.”
Não há nada de errado com pizzas e videogames, nem com celebrações sensíveis ou pequenos grupos de pouco comprometimento que apresentam pessoas à fé cristã. Mas isto não pode substituir o discipulado sério e o ensino. Um lugar para começar é repensando como a Igreja e os evangélicos têm ministrado aos jovens. A tentação de se afastar da fé não é novidade. O apóstolo Paulo exortou a igreja em Éfeso sobre a necessidade de amadurecimento de cada cristão: “o propósito é que não sejamos mais como crianças, levados de um lado para o outro pelas ondas, nem jogados para lá e para cá por todo vento de doutrina e pela astúcia e esperteza de homens que induzem ao erro” (Efésios 4.14, segundo a Nova Versão Internacional).
Apesar dessa lacuna, grande parte dos pesquisadores insiste que este dramático número de abandonos espirituais durante os vinte e poucos anos não é uma situação alarmante. Em seu recente livro“Cristãos são hipócritas cheios de ódio...E outras mentiras que você já ouviu (inédito em português), o sociólogo Bradley Wright argumenta que estes números sobre a tendência da juventude ao abandono da fé é “mais um mito” do cristianismo contemporâneo. Ele lembra que os integrantes de cada nova geração são sempre observados com suspeita pelos mais velhos. Ao falar sobre a própria juventude, o autor se descreve como “um moço de cabelos compridos e camisetas diferentes” e destaca que os adultos daquela geração não tinham muita fé no futuro quando olhavam para adolescentes como ele.
Wright acentua que jovens adultos costumam abandonar a religião organizada quando deixam a casa dos pais, mas retornam quando formam sua própria família. Rodney Stark também pede cautela. O sociólogo da Universidade Baylor diz que dados de suas pesquisas reafirmam resultados de outros estudos, mas que isso não é motivo para alarde. “Jovens sempre foram minoria ao frequentar igrejas, em relação os mais velhos”, ele escreve. Stark é confiante ao dizer que os jovens retornarão. “Um pouco mais à frente, quando tiverem se casado e, principalmente, após a chegada dos filhos, eles se tornam mais frequentes na igreja. Isso acontece em todas as gerações”.
Em última instância, retornar ao aprisco após uma ausência de dois ou três anos é uma coisa – depois de uma década, contudo, é mais improvável. Além disso, há que se levar em conta que uma mudança tem ocorrido na cultura de maneira ampla. As gerações anteriores foram rebeldes por um momento, mas ainda assim habitavam uma cultura predominantemente judaico-cristã. Os jovens afastados de hoje encontram fora da igreja um caldo cultural que não favorece muito o retorno ao sagrado. Por isso, a necessidade é do lento, porém frutífero, trabalho de construir relacionamentos com aqueles que abandonaram a fé. Isto irá requerer de cada parte envolvida – pais e filhos, Igreja, conselheiros, educadores cristãos – o esforço de olhar além do ceticismo e enxergar a necessidade espiritual de cada um. Uma vez que cada queixa, história e demanda for ouvida e compreendida, certamente serão construídas pontes de confiança e o caminho de volta para casa será iluminada com amor.
Drew Dyck é diretor de redação da revista Leadership Journal do grupo Christianity Today International, e é autor de Generation ex-Christian: Why young adults are leaving the faith . . . and how to bring them back (“Geração ex-cristã: Por que jovens adultos abandonam a fé... E como trazê-los de volta)