segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
Vejo pessoas mortas matando pessoas mortas...
O livre-arbítrio não existe, dizem neurocientistas
Aretha Yarak, na Veja on-line
Saber se os homens são capazes de fazer escolhas e eleger o seu caminho, ou se não passam de joguetes de alguma força misteriosa, tem sido há séculos um dos grandes temas da filosofia e da religião. De certa maneira, a primeira tese saiu vencedora no mundo moderno. Vivemos no mundo de Cássio, um dos personagens da tragédia Júlio César, de William Shakespeare. No começo da peça, o nobre Brutus teme que o povo aceite César como rei, o que poria fim à República, o regime adotado por Roma desde tempos imemoriais. Ele hesita, não sabe o que fazer. É quando Cássio procura induzi-lo à ação. Seu discurso contém a mais célebre defesa do livre-arbítrio encontrada nos livros. “Há momentos”, diz ele, “em que os homens são donos de seu fado. Não é dos astros, caro Brutus, a culpa, mas de nós mesmos, se nos rebaixamos ao papel de instrumentos.”
Como nem sempre é o caso com os temas filosóficos, a crença no livre-arbítrio tem reflexos bastante concretos no “mundo real”. A maneira como a lei atribui responsabilidade às pessoas ou pune criminosos, por exemplo, depende da ideia de que somos livres para tomar decisões, e portanto devemos responder por elas. Mas a vitória do livre-arbítrio nunca foi completa. Nunca deixaram de existir aqueles que acreditam que o destino está escrito nas estrelas, é ditado por Deus, pelos instintos, ou pelos condicionamentos sociais. Recentemente, o exército dos deterministas – para usar uma palavra que os engloba – ganhou um reforço de peso: o dos neurocientistas. Eles são enfáticos: o livre-arbítrio não é mais que uma ilusão. E dizem isso munidos de um vasto arsenal de dados, colhidos por meio de testes que monitoram o cérebro em tempo real. O que muda se de fato for assim?
Mais rápido que o pensamento — Experimentos que vêm sendo realizados por cientistas há anos conseguiram mapear a existência de atividade cerebral antes que a pessoa tivesse consciência do que iria fazer. Ou seja, o cérebro já sabia o que seria feito, mas a pessoa ainda não. Seríamos como computadores de carne – e noss consciência, não mais do que a tela do monitor. Um dos primeiros trabalhos que ajudaram a colocar o livre-arbítrio em suspensão foi realizado em 2008. O psicólogo Benjamin Libet, em um experimento hoje considerado clássico, mostrou que uma região do cérebro envolvida em coordenar a atividade motora apresentava atividade elétrica uma fração de segundos antes dos voluntários tomarem uma decisão – no caso, apertar um botão. Estudos posteriores corroboraram a tese de Libet, de que a atividade cerebral precede e determina uma escolha consciente.
Um deles foi publicado no periódico científico PLoS ONE, em junho de 2011, com resultados impactantes. O pesquisador Stefan Bode e sua equipe realizaram exames de ressonância magnética em 12 voluntários, todos entre 22 e 29 anos de idade. Assim como o experimento de Libet, a tarefa era apertar um botão, com a mão direita ou a esquerda. Resultado: os pesquisadores conseguiram prever qual seria a decisão tomada pelos voluntários sete segundos antes d eeles tomarem consciência do que faziam.
O pai da neurociência cognitiva apresenta argumentos contra o senso comum de que somos guiados pelo livre-arbítrio. Para Gazzaniga, a mente é gerada pelo cérebro, que guiado pelo determinismo biológico define quem nós somos.
Nesses sete segundos entre o ato e a consciência dele, foi possível registrar atividade elétrica no córtex polo-frontal — área ainda pouco conhecida pela medicina, relacionada ao manejo de múltiplas tarefas. Em seguida, a atividade elétrica foi direcionada para o córtex parietal, uma região de integração sensorial. A pesquisa não foi a primeira a usar ressonância magnética para investigar o livre-arbítrio no cérebro. Nunca, no entanto, havia sido encontrada uma diferença tão grande entre a atividade cerebral e o ato consciente.
Patrick Haggard, pesquisador do Instituto de Neurociência Cognitiva e do Departamento de Psicologia da Universidade College London, na Inglaterra, cita experimentos que comprovam, segundo ele, que o sentimento de querer algo acontece após (e não antes) de uma atividade elétrica no cérebro.
“Neurocirurgiões usaram um eletrodo para estimular um determinado local da área motora do cérebro. Como consequência, o paciente manifestou em seguida o desejo de levantar a mão”, disse Haggard em entrevista ao site de VEJA. “Isso evidencia que já existe atividade cerebral antes de qualquer decisão que a gente tome, seja ela motora ou sentimental.”
O psicólogo Jonathan Haidt, da Universidade da Vírginia, nos Estados Unidos, demonstrou que grande parte dos julgamentos morais também é feito de maneira automática, com influência direta de fortes sentimentos associados a certo e errado. Não há racionalização. Segundo o pesquisador, certas escolhas morais – como a de rejeitar o incesto – foram selecionadas pela evolução, porque funcionou em diversas situações para evitar descendentes menos saudáveis pela expressão de genes recessivos. É algo inato e, por isso, comum e universal a todas as culturas. Para a neurociência, é mais um dos exemplos de como o cérebro traz à tona algo que aprendeu para conservar a espécie. Leia +.
imagem: Thinkstock
dica da Cristina Danuta
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
Por que ter igual consideração para com os animais Humanos e Não Humanos?
Ser capaz de sentir dor ou prazer
é um pré-requisito necessário para pensarmos nos interesses individuais de
qualquer ser. Não faria sentido falar dos interesses de seres que não podem
sofrer porque nenhuma ação que podemos tomar poderá resultar em aumento do seu bem
estar.…
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
Pastor rompe com meio evangélico por não apoiar a intolerância
O pastor Ricardo Gondim (foto), 54, anunciou em seu blog que está se afastando do que ele chama de “movimento evangélico” para não ter de...
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O Antropoceno: o ser humano como o grande agressor
As igrejas são todas iguais, salvo exceções...
Ariovaldo Ramos: ‘A Igreja não precisa de defesa’
Ariovaldo Ramos: ‘A Igreja não precisa de defesa’:
Ariovaldo Ramos responde à pergunta “quanto o Evangelho depende da política nos dias de hoje?” durante o “Missão na Íntegra”, evento realizado em Pindamonhangaba em 2011.
dica da Isabel Dias Heringer
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
Profissão Sociólogo
'via Blog this'
Antes, a graduação em Sociologia tinha vários professores de áreas distintas. Todavia, há que se lembrar que antes também não havia legislação sobre a profissão de sociólogo nem profissionais suficientes para lecionar. Hoje, essa não é mais a realidade da área
Por Alessandro Farage Figueiredo e Roberto Bousquet Paschoalino
Da mesma maneira que as Ciências Médicas/ Medicina e as Ciências Jurídicas/ Direito, também as Ciências Sociais/ Sociologia/ Sociologia e Política se dividem em campos de estudos especializados. Assim, o sociólogo (bacharel em Ciências Sociais/ Sociologia/ Sociologia e Política) ao se formar pode se autodenominar profissionalmente sociólogo ou antropólogo ou cientista político - dentre outras denominações, conforme a área de estudo em que tenha dado ênfase ou se especializado. É o mesmo que ocorre com o médico, que depois de formado pode se autodenominar médico, anestesista, pediatra, ginecologista, geriatra, dentre outras especializações profissionais; ou com o advogado, que ao se formar também pode se autodenominar conforme sua principal área de atuação, como o caso dos criminalistas, constitucionalistas, processualistas e outras especialidades do Direito. Todavia, essas denominações profissionais não substituem a profissão em si, de modo que todo criminalista tem de ser advogado, todo pediatra tem de ser médico e todo cientista político e antropólogo tem de ser sociólogo, como descreve a lei que regulamenta cada uma dessas profissões.
É importante destacar que, apesar de na graduação de Sociologia existirem as possibilidades de ênfase em Geografia, Economia e outras disciplinas de formações profissionais distintas, não é facultado ao sociólogo, ao se formar ou mesmo ao se especializar, denominar-se economista ou geógrafo ou qualquer outra profissão que é legalmente regulamentada e exige a formação em outro bacharelado, mesmo que haja competências legais em comum e uma grande ênfase em tal disciplina no curso.
Esse caso se restringe a profissões regulamentadas por lei, e não é um caso específico da área de humanas, pois um médico, por mais que tenha dado ênfase em disciplinas farmacêuticas na graduação e tenha realizado mestrado e doutorado em Farmácia, jamais poderá exercer a profissão de farmacêutico, porque a lei que regulamenta a profissão exige bacharelado em Farmácia, assim como a lei que regulamenta a Sociologia exige o bacharelado em Ciências Sociais/ Sociologia/ Sociologia e Política.
Sociologia » A nomenclatura da graduação em Sociologia é bem similar à da Medicina. Ambos os cursos no diploma podem estar definidos como bacharelado pela disciplina (Sociologia e Medicina) ou pela concepção de ciências (Ciências Sociais e Ciências Médicas), não havendo real distinção entre essas denominações. O tradicional curso de Direito, por exemplo, também tem várias definições, como bacharelado em Direito, Ciências Jurídicas e, em alguns países, até em Legislação e Ciências Forenses, o que, todavia, não altera a profissão.
Disciplinas Científicas
Uma das questões atuais da Sociologia é a definição de disciplinas afins, principalmente na seleção para as pós-graduações em Sociologia (Antropologia, Ciência Política, Relações Internacionais e Sociologia/ Ciências Sociais), que costumam considerar como disciplinas afins qualquer graduação na área de humanas - até mesmo as não científicas.
As disciplinas afins à Sociologia devem ser determinadas de acordo com a observância de ao menos um dos dois pontos a seguir: 1) o caráter metodológico científico da disciplina, que tem que se mostrar no mínimo similar ao sociológico; 2) o reconhecimento legal da profissão, que deve possuir áreas de competências específicas em comum. Note-se que a disciplina que cumprir esses dois quesitos apresenta maior afinidade com a Sociologia, sendo que este deveria ser um critério de desempate a ser considerado em seleções de pós-graduação em Ciências Sociais (Antropologia, Ciência Política, Relações Internacionais e Sociologia /Ciências Sociais) e na escolha de profissionais de outras áreas para realizar trabalhos na área de Sociologia ou em conjunto com sociólogos.
"A lei que regulamenta a Sociologia exige o bacharelado em Ciências Sociais/ Sociologia/ Sociologia e Política"
Assim, os bacharéis em Direito não devem ser aceitos nas pós-graduações em Sociologia, uma vez que a sua metodologia se encontra na hermenêutica e prática jurídica, não possuindo metodologicamente nada em comum com a Sociologia. Além disso, profissionalmente, não há nenhuma competência específica em comum legalmente reconhecida, pois não existe nenhum caso em que o sociólogo pode exercer uma função profissional igual ao do advogado e vice-versa.
Por outro lado, Sociologia, Economia e Geografia são disciplinas afins, pois compartilham vários aspectos metodológicos A lei que regulamenta a Sociologia exige o bacharelado em Ciências Sociais/ Sociologia/ Sociologia e Política científicos e possuem áreas de competência específicas legalmente reconhecidas em comum - embora isso não signifique que elas compartilhem de todas as suas funções legais e métodos científicos. Tanto o sociólogo quanto o economista podem legalmente realizar análises de políticas públicas ou diagnósticos socioeconômicos, ainda que não caiba ao sociólogo realizar projeções futuras da inflação nem ao economista apresentar possíveis resultados eleitorais. O mesmo ocorre com a Geografia, pois tanto o sociólogo como o geógrafo podem realizar trabalhos de planejamento territorial, entretanto o geógrafo não é qualificado nem legalmente reconhecido para produzir laudos antropológicos, nem o sociólogo pode realizar estudos geológicos.
No entanto, devemos destacar que há alguns casos singulares. Por exemplo, um advogado que tenha se dedicado na graduação a estudar Direito Indígena no Brasil pode vir a realizar sua pós-graduação em Antropologia. Entretanto, é importante destacar que isso é uma exceção para casos isolados e sua aceitação no curso não deve ser direta, uma vez que ele não se graduou numa disciplina afim, devendo ser previamente submetida ao colegiado da pós-graduação. Além disso, ao completar o curso de pós-graduação ele não se torna um antropólogo nem sociólogo, mas continua a ser um advogado com mestrado em Antropologia, sendo assim capaz de lecionar para os cursos superiores nas disciplinas de Direito e tendo um profundo conhecimento em Direito Indígena, a ponto de realizar melhores interpretações jurídicas dos laudos antropológicos em casos de demarcação de reservas indígenas e quilombolas. O mesmo ocorre com o sociólogo, pois esse pode se dedicar a estudar Sociologia Jurídica e conseguir se pós-graduar em Direito, o que todavia não o tornará um advogado.
Usos equivocados da Sociologia
Algumas políticas acadêmicas têm contribuído para a produção de problemas no mercado de trabalho regulamentado dos sociólogos (o mesmo ocorre em outras profissões). Por diversas razões, a Academia tem criado cursos paralelos ao de Sociologia, mas que carecem de reconhecimento legal da profissão (favor não confundir com o reconhecimento do MEC que somente garante à faculdade o direito de abrir o curso). Entre os principais casos para a Sociologia estão as graduações em Antropologia, Ciência Política e Relações Internacionais.
A legislação garante o direito de a Academia criar novos cursos, embora esse direito não produza o reconhecimento legal da nova "profissão", não determinando qual a área de competência para a sua atuação, nem os direitos e deveres desses "profissionais". Por essa razão, os cursos paralelos, apesar de atrativos para novos estudantes e de possuir apoio do corpo docente que o criou, são, na verdade, um problema no mercado de trabalho.
Problemas no mercado de trabalho » Um dos problemas da profissão de sociólogo é o preconceito exagerado que existe dentro do curso e na Academia em função do trabalho no setor privado. Isso tem graves consequências, de maneira que muitos sociólogos se formam sem qualificação para o mercado de trabalho, não dominando os instrumentos e conhecimentos básicos para exercer a função de sociólogo em empresa privadas (e até públicas).
"Uma das questões atuais da Sociologia é a definição de disciplinas afins, principalmente na seleção para as pós-graduações"
Entre esses cursos paralelos, um dos mais problemáticos atualmente é o de Relações Internacionais, pois o graduado nesse curso, uma vez inserido no mercado de trabalho, tenderá a exercer ilicitamente a profissão de advogado, economista, geógrafo e sociólogo, sendo todas essas regulamentadas por lei. O bacharel em Relações Internacionais legalmente não pode realizar processos jurídicos internacionais, o que é competência privada do advogado, nem realizar trabalhos econômicos, geográficos e sociológicos, como no caso de previsões de crises econômicas, demarcação de fronteiras e reconhecimento de etnias, dentre outras. Qualquer atuação nessas áreas levaria o bacharel em Relações Internacionais a ser processado civil e criminalmente tanto pelos profissionais legalmente competentes da área como pelas organizações trabalhistas desses profissionais (conselhos e sindicatos).
Outros dois cursos paralelos que entram em conflito com as atribuições legais da profissão de sociólogo são as graduações em Antropologia e em Ciência Política, visto que o bacharel desses cursos não poderá exercer quaisquer atividades relacionadas a elas no mercado, pois são todas legalmente de competência do bacharel em Sociologia. Nada impede que um bacharel em Antropologia curse o mestrado e doutorado em Antropologia, embora mesmo ele chegando ao título de doutor em Antropologia nunca poderá realizar um laudo antropológico para a demarcação de territórios indígenas e quilombolas, pois legalmente só o sociólogo pode realizar tal atividade. Em relação à graduação em Ciência Política, uma interpretação minuciosa da lei da profissão de sociólogo evidencia, com a possibilidade de se denominar legalmente o bacharelado como Sociologia e Política, a competência dos estudos políticos como privativa dos sociólogos.
Outra área que legalmente é restrita aos sociólogos, mas que não é respeitada, são as pesquisas de opinião e eleitorais. Somente os sociólogos são qualificados para interpretar os dados coletados |
Em uma seleção acadêmica para professor de Antropologia e Ciência Política em que os bacharéis em Antropologia e Ciência Política pudessem concorrer pelo edital, haveria dois problemas: primeiro, nenhum edital para essas duas áreas da Sociologia pode excluir os bacharéis em Ciências Sociais/ Sociologia/ Sociologia e Política, caso contrário a seleção seria ilegal; no máximo o edital poderia exigir dos sociólogos mestrado e doutorado na área, mas também teria de exigir dos outros; segundo, as aulas das disciplinas sociológicas (Antropologia, Ciência Política e Sociologia) necessitam que o professor realize análises sociais para os estudantes e até mesmo apresente algumas práticas, o que é de competência legal do sociólogo. Dessa forma, o sociólogo profissional pode exigir legalmente que o edital exclua dos concursos os bacharéis sem reconhecimento legal da profissão.
Defesa do exercício da profissão
Há algumas exceções face às profissões regulamentadas com competência em comum, de forma que é possível um economista dar aula de Ciência Política (Política Econômica) ou Sociologia Econômica no curso de Sociologia e de um sociólogo lecionar Economia Política ou Planejamento Territorial em um curso de Economia ou Geografia. E tanto um advogado como um sociólogo, economista ou geógrafo podem lecionar Relações Internacionais desde que a ementa esteja de acordo com sua área de competência. Dessa forma, um advogado pode tratar de asilo político e contratos internacionais, um sociólogo pode trabalhar questões de conflitos étnicos etc., sem que um interfira na competência do outro; com efeito, jamais caberia ao advogado lecionar sobre econometria ou geopolítica ou conflitos étnicos em Relações Internacionais.
O sociólogo profissional pode exigir legalmente que o edital para seleção de professor de Antropologia e Ciência Política exclua dos concursos os bacharéis sem reconhecimento legal da profissão |
Antes, a graduação em Sociologia tinha vários professores de áreas distintas e até não afins com a Sociologia. Todavia, há que se lembrar que antes também não havia legislação sobre a profissão de Sociólogo nem profissionais suficientes para lecionar, mas essa não é mais a realidade da Sociologia: tanto o curso quanto a profissão se desenvolveram significativamente desde seu surgimento, não cabendo mais a profissionais estranhos à Sociologia lecionar e atuar nas áreas de competência dos sociólogos.
"Economia e Geografia são disciplinas afins, pois compartilham vários aspectos metodológicos científicos"
Campos de conflito
Até pode parecer estranho, mas duas áreas do mercado que os sociólogos são qualificados para atuar são Marketing e Recursos Humanos. Contudo, da forma que a Academia é distante das demandas do setor privado, o estudante de Sociologia que deseja ocupar tal posição no mercado precisa realizar por conta própria disciplinas em outros departamentos como os de Administração, Psicologia, Comunicação e Engenharia - o que nem sempre é fácil e somente serve como ponto de partida.
Para uma introdução real nesse setor do mercado o sociólogo acaba necessitando realizar uma especialização/ MBA em Marketing ou Recursos Humanos. Todavia, uma vez realizada com sucesso a pós-graduação em uma dessas áreas e associando esses novos conhecimentos aos da Sociologia, o sociólogo se mostra extremamente qualificado e competitivo para tal mercado.
Apesar de haver algumas graduações voltadas para Marketing e Recursos Humanos, essas não são profissões regulamentadas, de modo que graduados em outras áreas, incluindo os sociólogos, podem exercer tais funções. A defesa da lei que regulamenta a profissão de sociólogo em face da inserção dos sociólogos no mercado de trabalho nesses dois setores (Marketing e Recursos Humanos) deveria ser um dos objetivos centrais dos sindicatos dos sociólogos.
Outra área que legalmente é restrita aos sociólogos, conforme a lei que regula a profissão, mas que não é respeitada, são as pesquisas de opinião e eleitorais. É verdade que os estatísticos conseguem realizar devidamente as amostragens, cruzamentos, valores residuais, dentre outras coisas nas pesquisas de opinião e eleitorais, mas somente os sociólogos são qualificados para elaborar devidamente as perguntas dos questionários e depois interpretar os dados coletados, uma vez que os números não falam por si mesmos e é necessário um grande arcabouço teórico sociológico para a elaboração das perguntas e interpretação dos dados. Esses conhecimentos o estatístico não detém. A realização de pesquisas de opinião e eleitorais por profissionais que não são sociólogos é um risco para a sociedade, pois elas podem produzir dados que não correspondem à realidade ou que serão mal interpretados. Isso também é válido para certos trabalhos no setor público, como a elaboração de censos, referendos e plebiscitos.
Qual é a real situação da blogosfera brasileira?
Neste artigo iremos abordar um assunto que é de certa forma polêmico e que está em debate devido ao artigo "Porque a blogosfera brasileira sempre será desigual…", criado pelo Antonio Faneca do Blogando com Facilidade.No decorrer deste artigo iremos debater sobre a união e o aspecto moral da blogosfera brasileira, mais especificamente de metablogs.
Primeiramente aconselho que sejam lidos alguns dos os artigos que fazem parte deste debate, que são nomeadamente:
- Porque a blogosfera brasileira sempre será desigual…
- Do que a Blogosfera Brasileira precisa para ser mais unida?
- Blogosfera Brasileira Unidos ou um contra o outro?
Neste artigo irei apenas explanar um pouco mais a opinião que deixei em um dos artigos antes citados, porém estou totalmente aberto a debates e argumentos que possam me fazer mudar de opinião.Antes de começar a mostrar meu ponto de vista quero deixar bem claro que não tenho o intuito de ofender ou maldizer ninguém, pelo contrário quero fazer críticas construtivas que incentivem o crescimento pessoal.
Pois bem, vou deixar claro logo de início que sou adepto ao meio termo, para mim a proposta do Iago e do Antônio é utópica e a opinião do Marcos está relativamente fechada.Ambos os lados tem argumentos válidos e estão ao mesmo tempo certos e errados.
Vamos avaliar primeiro a proposta da equipe do Blogando com Facilidade, um blogosfera unida onde existe grande incentivo aos pequenos blogs e todos se respeitam.É de fato uma belíssima proposta porém como muitos deve saber é completamente utópica.
Em todos os tipos de mercado,seja ele online ou offline, existe um "grupo dominante" e um grupo ascensor, o grupo dominante sempre se relaciona entre si e o grupo ascensor procura sempre alianças para crescer e um dia se tornar dominante.Na blogosfera brasileira não é exatamente assim, existem muitas exceções, mais de modo geral todo mercado adota esse modelo.
Achar que um blogueiro profissional deve comentar em blogs pequenos é uma proposta realmente muito nobre porém é um tanto quanto indecente.Em minha opinião tanto blogueiros grandes como pequenos não têm a obrigação de curtir, seguir, comentar ou se quer incentivar nenhum tipo de blog, seja ele grande ou pequeno.
Penso que quando um blogueiro, seja ele quem for, comenta segue ou curte um blog ele está de certa forma demonstrando que foi conquistado.Um simples curtir não deve ser dado como forma de demonstrar amizade ou formar aliança, um curtir deve significar algo como: "Ei, eu realmente curto seu conteúdo e quero acompanhar mais de perto o seu blog, você realmente conquistou o meu respeito".Como todos sabemos os gostos são diversos e as opiniões se divergem, muitas pessoas podem não gostar do seu conteúdo enquanto outras amam.
Muitos blogs considerados grandes não me conquistaram ainda enquanto alguns pequenos já tem ganho todo o meu respeito, isso é natural, sempre vão existir pessoas que você vai gostar e pessoas que você vai sentir empatia.
Por outro lado concordo com a equipe BCF no ponto onde eles dizem que todos os blogueiros não devem procurar humilhar ninguém e nem responder comentários ou e-mails de maneira ofensiva.Uma ótima opção seria deixar bem claro para que o formulário de comentário pode ou não ser usado, isso seria com certeza melhor que ignorar os contatos.
Vamos seguir analisando a opinião do Marcos Lemos, blogueiro renomado na blogosfera brasileira.Segundo ele a vida de um blogueiro estudante é relativamente mais fácil e muitos de nós estamos apenas trabalhando em bases formadas por outros que vieram antes.
A vida de blogueiro estudante é sim mais fácil que a de uma pessoa com mulher e filhos para cuidar porém creio que não seja tão fácil quanto o Marcos imagina.Eu mesmo (Lucas Rolim) tenho cerca de 8 horas de aulas por dia e cerca de 20 a 30 questões de vestibular para responder, sem contar atividades extra curriculares como cursos e academia.
Uma outra questão que o Marcos pode estar não se atentando é a de que é preciso se formar bases solidas para se construir novas estruturas.Nós, os novos e pequenos blogueiros estamos formando nossas bases para que em um futuro próximo possamos inovar e trazer coisas jamais vistas.
Conclusão
No fim das contas todos continuam estando certos e errados.Nenhuma pessoa deve ser forçada a incentivar ou demonstrar apreço por ninguém, isso é um sentimento que vem de dentro e deve ser espontâneo, ao mesmo tempo que todos os "grandes blogueiros" devem não ser forçados a comentar ou incentivar blogs pequenos mas sim buscar ao menos conhece-los.
Por fim quero deixar que em minha opinião um blogueiro não é considerado grande ou pequeno pelo número de visitas que recebe, um grande blogueiro em minha opinião é aquele que produz conteúdo de qualidade, sabe como tratar o seu público e acima de tudo sabe superar obstáculos.
Se um dia alguém tentar o desmotivar ou humilha-lo tome isso para si não como trauma ou ofensa mas sim como lição.Trabalhe para fazer melhor que aquele que te despreza para que no futuro possa ensina-lo e mostrar o verdadeiro espírito da blogosfera, o de fraternidade e compartilhamento de informação.
Pesquisadores americanos afirmam que jejum pode ajudar a combater câncer
melanciasapodi.blogspot.com
domingo, 12 de fevereiro de 2012
10 frases para NÃO dizer
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