segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Vejo pessoas mortas matando pessoas mortas...




Comentários sobre The Walking Dead (AMC – Série)



            Eu gosto das series americanas, porque as vezes elas fazem bem mais sentido que alguns filmes. Além disso, o tamanho de cada episódio é bem mais prático que um filme de três horas inteiras. Logicamente que existem alguns problemas técnicos, como por exemplo, a questão de serem enlatados básicos e típicos, que de um modo ou de outros são veículos colonialistas ideológicos, que apregoam valores estadunidenses, bem fora da lógica local.
           Tenho assistido, mais por falta de opções do que por gosto real, uma série chamada The Walking Deads, da AMC [i], que tem tido bons índices de audiência, coisa que de qualquer forma é relevante, não apenas por ser um sucesso, mas principalmente porque talvez esteja falando algo que faça muito sentido para esses dias.
            The Walkind Dead é uma serie que deveria ser classificada como drama, pois as relações entre as personagens são realmente conflituosas, alias, em boa parte desta série, grande parte dos problemas reais são causados por pessoas vivas e não pelos monstros. Temas relacionados como famílias, paternidade, problemas de relacionamento conjugal, adultério, velhice e o problema das crianças. Outras formas de ver, poderíamos classificar dentro do gênero de terror, pois os mortos vivos são típicos. A serie não pode ser juntada no grupo da ficção cientifica, pois não traz em sua base elementos científicos que expliquem cientificamente o problema dos mortos vivos. De fato, tal explicação não é de fato necessária por fazer parte do processo narrativo, pois a questão da obra não é explicar coisas que não existem, mas falar de coisas reais relativos à vida e expresso por meio de personagens parecidas conosco.
            O gênero sério é de qualquer modo um tipo de novela, que teoricamente tem começo, meio e fim. É claro que as séries, como produto capitalista, ela pode ter vários começos, meios e fins, pois cada temporada pode construir uma situação, uma crise, que vai sendo resolvida ao longo do ano, e no final parte do problema é resolvida em parte e outras pontas são abertas. Lost, por exemplo, tinha um grande problema, já programado para ter sete temporadas, e portanto, cada temporada tinha uma ênfase dentro de um problema básico que era o sair da ilha. No caso do The Walking Dead, que é baseado no original homônimo dos quadrinhos, a narrativa segue uma lógica geográfica, onde a cada temporada uma questão que afeta diretamente a sobrevivência incide sobre as personagens, grande parte delas perecerá para que na próxima temporada novas personagens apareçam. Isso é bem interessante porque possibilita que novas questões e problemas possam se desenvolver na série.
            Cosmologicamente a série se passa no interior dos Estados Unidos, na região sul, no estado de Georgia, região de fazendas, com clima quente. Até agora, não houve informações com respeito ao local onde a doença, que transforma pessoas em mortos vivos, surgiu. De fato, a única coisa que se sabe é que os mortos tornam-se zumbis, sem alma, com fome, ouvem, vêem e sente odor de coisas vivas. Aparentemente a dieta é composta por carne, humana de preferência, ou talvez, de cavalo de preferência, pois no segundo episódio, eles ignoraram Rick, para comer seu cavalo. Basicamente um zumbi é fácil de lidar, tanto que é possível controlá-lo com um laço de pegar cachorro e se for o caso, um tiro, pedrada, flechada ou facada na cabeça pode desativar a tal criatura. Mas fiquei pensando no seguinte: quanto tempo eles vivem sem comer? Eles morreriam de inanição? Outros animais poderiam tornar-se zumbis? Imaginem um bicho destes em um confinamento bovino? Outra coisa, no final, eles vão exterminar toda a vida anima da terra, pois se eles comem de tudo, imagine os tubarões zumbis.
            Uma mensagem interessante disso, é que a multidão de mortos vivos é impossível de ser controlada. Neste sentido, temos a luta entre o individuo e a multidão de idiotas que não tem discernimento além de sua fome. Matar um zumbi destruindo seu cérebro é simbólico também, pois é atingir o tal inimigo em sua função central enquanto ser. Se considerarmos também que a face humana é simbolicamente a representação do ser, o ato de atirar ou bater para desfigurar, é simbolicamente uma forma de retirar a humanidade que está ali, em parte para que a criatura passe de morto vivo para morto pleno.
            As personagens desta série são bem interessantes porque representam grandes valores da sociedade americana. Primeiramente o principal é um policial, muito honesto e eficiente, a tal ponto que depois do apocalipse zumbi, ele se preocupa em vestir seu uniforme de policial e de vergar um Magnum 44. Acho que a cena dele cavalgando em direção a uma cidade, é bem conhecida e simbólica no sentido do herói que entra armado procurando problemas. Depois aparece o oposto igual, que é chamado de Shane, que é também um policial, que torna-se líder de um grupo de sobreviventes. Eles são a chave da relação primeira entre id e super-ego, pois Shane parece não ter muito super-ego, enquanto que Rick é a culpa em pessoa, sempre fazendo a coisa certa que parece ser a coisa errada.
            Ainda no núcleo masculino, temos os opostos bem colocados, e em contradição, os velhos que tem alguma experiência e parecem estar certos, mas que ninguém leva há sério. Os jovens, representados por Glenn, que só tem suas pernas para correr, também não têm muito poder de decisão nas coisas realmente sérias. Hershel, que aparece na segunda temporada, é a figura paternal fracassada, que uma vez conectada a Rick, acaba adotando-o como filho. Dale, o tiozão simpático, fica cultivando uma relação de cuidado com Andréia, que de fato não tá afim do velho de forma alguma. Alias, sexualmente as mulheres desta séria estão sempre em defict.
            Falando das mulheres da série, temos a tal Lori, que é mais perigoso que parece, e não tendo coragem de interromper sua gravidez, vai por a cabeça do Shane a premio. Andréia é uma personagem estranha de qualquer maneira, e no fim, se a série seguir a lógica do quadrinho, ela vai acabar nos braços de Rick. Ela, de fato, está procurando o macho alfa da matilha, haja vista a relação dela com Shane, que tenta cantar de galo grande parte do tempo.
            Quanto as crianças, elas são comida de zumbis a priore, portanto não merecem ser citadas. Logicamente que Carl é importante, mas vai morrer de um jeito ou de outro, pois começa paulatinamente a manifestar um espírito de fodão, e não enxergar que é um moleque. Nisso Glenn tem seu mérito, por saber realmente qual é seu lugar no mundo, e por isso tem boas chances de sobreviver.
            Voltando a discussões de gênero literário, esta serie tem alguma coisa muito comum nas séries recentes de sucesso, a saber, o autor mata personagens querido do publico. Isso pode ser visto no Lost, no pilares de terra, e principalmente no A Guerra dos Tronos. Acho que se isso fosse na década de 70, as coisas seriam diferente, e somente os errados morriam cedo. Se bem que acho que deveria comprar as séries antigas para dar uma olhada, alguns temas eram até profundos. Talvez isso seja uma expressão interessante de nossa era e de nosso padrão de consumo literário.
            De fato, assisto The Walking Dead e vejo pessoas mortas matando pessoas que já estão mortas, de uma forma ou de outra. Fico imaginando o que eu faria se estivesse nas mesmas condições que as personagens, seria bem complicado de qualquer maneira. Fico preocupado pensando que se eles obedecessem o assassino do Shane, grande parte dos problemas seria vencidos com mais facilidade, e mais pessoas estariam vivas no grupo. Isso me preocupa, porque talvez isso seja uma mensagem interessante de que o autoritarismo e a prepotência seja uma via política que funciona, e sabemos das conseqüências disso.
            Outra preocupação que me acontece, são aqueles atentados que acontecem sempre nas escolas americanas, e no Brasil começa a acontecer de jovem que vão a escola matar seus inimigos (professores e alunos). Matar zumbis parece estar na mesma categoria que isso, de modo que jovens idiotas, surtando, podem vir achar que todos são zumbis ou extraterrestres e por isso precisaria ser mortos à bala.
            Por fim, não acho que censurar esse tipo de obra seria uma boa idéia, pois os demônios já estão nas pessoas, mas acho que deveríamos fazer um exame no que torna essa obra ficcional tão atraente e tão cheia de sentido e significa, pois ela não expressão apenas idéias de um autor, mas expressão uma série de discursos que já estão na mente e na vida de sua audiência.

O livre-arbítrio não existe, dizem neurocientistas

vi no Pavablog

O livre-arbítrio não existe, dizem neurocientistas:

O todo-poderoso cérebro: neurocientistas defendem a tese de que o órgão toma as decisões antes mesmo de pensarmos nelas

Aretha Yarak, na Veja on-line


Saber se os homens são capazes de fazer escolhas e eleger o seu caminho, ou se não passam de joguetes de alguma força misteriosa, tem sido há séculos um dos grandes temas da filosofia e da religião. De certa maneira, a primeira tese saiu vencedora no mundo moderno. Vivemos no mundo de Cássio, um dos personagens da tragédia Júlio César, de William Shakespeare. No começo da peça, o nobre Brutus teme que o povo aceite César como rei, o que poria fim à República, o regime adotado por Roma desde tempos imemoriais. Ele hesita, não sabe o que fazer. É quando Cássio procura induzi-lo à ação. Seu discurso contém a mais célebre defesa do livre-arbítrio encontrada nos livros. “Há momentos”, diz ele, “em que os homens são donos de seu fado. Não é dos astros, caro Brutus, a culpa, mas de nós mesmos, se nos rebaixamos ao papel de instrumentos.”


Como nem sempre é o caso com os temas filosóficos, a crença no livre-arbítrio tem reflexos bastante concretos no “mundo real”. A maneira como a lei atribui responsabilidade às pessoas ou pune criminosos, por exemplo, depende da ideia de que somos livres para tomar decisões, e portanto devemos responder por elas. Mas a vitória do livre-arbítrio nunca foi completa. Nunca deixaram de existir aqueles que acreditam que o destino está escrito nas estrelas, é ditado por Deus, pelos instintos, ou pelos condicionamentos sociais. Recentemente, o exército dos deterministas – para usar uma palavra que os engloba – ganhou um reforço de peso: o dos neurocientistas. Eles são enfáticos: o livre-arbítrio não é mais que uma ilusão. E dizem isso munidos de um vasto arsenal de dados, colhidos por meio de testes que monitoram o cérebro em tempo real. O que muda se de fato for assim?


Mais rápido que o pensamento — Experimentos que vêm sendo realizados por cientistas há anos conseguiram mapear a existência de atividade cerebral antes que a pessoa tivesse consciência do que iria fazer. Ou seja, o cérebro já sabia o que seria feito, mas a pessoa ainda não. Seríamos como computadores de carne – e noss consciência, não mais do que a tela do monitor. Um dos primeiros trabalhos que ajudaram a colocar o livre-arbítrio em suspensão foi realizado em 2008. O psicólogo Benjamin Libet, em um experimento hoje considerado clássico, mostrou que uma região do cérebro envolvida em coordenar a atividade motora apresentava atividade elétrica uma fração de segundos antes dos voluntários tomarem uma decisão – no caso, apertar um botão. Estudos posteriores corroboraram a tese de Libet, de que a atividade cerebral precede e determina uma escolha consciente.


Um deles foi publicado no periódico científico PLoS ONE, em junho de 2011, com resultados impactantes. O pesquisador Stefan Bode e sua equipe realizaram exames de ressonância magnética em 12 voluntários, todos entre 22 e 29 anos de idade. Assim como o experimento de Libet, a tarefa era apertar um botão, com a mão direita ou a esquerda. Resultado: os pesquisadores conseguiram prever qual seria a decisão tomada pelos voluntários sete segundos antes d eeles tomarem consciência do que faziam.


O pai da neurociência cognitiva apresenta argumentos contra o senso comum de que somos guiados pelo livre-arbítrio. Para Gazzaniga, a mente é gerada pelo cérebro, que guiado pelo determinismo biológico define quem nós somos.



Nesses sete segundos entre o ato e a consciência dele, foi possível registrar atividade elétrica no córtex polo-frontal — área ainda pouco conhecida pela medicina, relacionada ao manejo de múltiplas tarefas. Em seguida, a atividade elétrica foi direcionada para o córtex parietal, uma região de integração sensorial. A pesquisa não foi a primeira a usar ressonância magnética para investigar o livre-arbítrio no cérebro. Nunca, no entanto, havia sido encontrada uma diferença tão grande entre a atividade cerebral e o ato consciente.


Patrick Haggard, pesquisador do Instituto de Neurociência Cognitiva e do Departamento de Psicologia da Universidade College London, na Inglaterra, cita experimentos que comprovam, segundo ele, que o sentimento de querer algo acontece após (e não antes) de uma atividade elétrica no cérebro.



“Neurocirurgiões usaram um eletrodo para estimular um determinado local da área motora do cérebro. Como consequência, o paciente manifestou em seguida o desejo de levantar a mão”, disse Haggard em entrevista ao site de VEJA. “Isso evidencia que já existe atividade cerebral antes de qualquer decisão que a gente tome, seja ela motora ou sentimental.”


O psicólogo Jonathan Haidt, da Universidade da Vírginia, nos Estados Unidos, demonstrou que grande parte dos julgamentos morais também é feito de maneira automática, com influência direta de fortes sentimentos associados a certo e errado. Não há racionalização. Segundo o pesquisador, certas escolhas morais – como a de rejeitar o incesto – foram selecionadas pela evolução, porque funcionou em diversas situações para evitar descendentes menos saudáveis pela expressão de genes recessivos. É algo inato e, por isso, comum e universal a todas as culturas. Para a neurociência, é mais um dos exemplos de como o cérebro traz à tona algo que aprendeu para conservar a espécie. Leia +.


imagem: Thinkstock


dica da Cristina Danuta


terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Pastor rompe com meio evangélico por não apoiar a intolerância

Pastor rompe com meio evangélico por não apoiar a intolerância: Ricardo Gondim se tornou um estranho no ninho


O pastor Ricardo Gondim (foto), 54, anunciou em seu blog que está se afastando do que ele chama de “movimento evangélico” para não ter de...



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O Antropoceno: o ser humano como o grande agressor

O Antropoceno: o ser humano como o grande agressor: Ultimamente ouvimos mais e mais vozes de economistas, geralmente, os mais renitentes face às questões ecológicas, referindo-se aos limites físicos da Terra. Nenhuma solução da atual crise econômico-financeira, dizem, pode ignorar este dado. Efetivamente, o sistema do capital que vive de uma dupla exploração, da natureza e da força de trabalho, está sentindo dificuldades em [...]


As igrejas são todas iguais, salvo exceções...

Conversas no facebook (1)



            Estando eu a insultar alguns no Facebook, insurgiu uma polêmica com respeito a minha afirmação de que as igrejas são todas iguais. Isso é deveras agressivo, considerando que grande parte dos participantes do grupo de discussão são pastores e cuidam de suas respectivas igrejas. Além disso, afirmei que geralmente os cultos tem um louvou ruim e pregações piores, agora esterei justificando minhas colocações com alguns poucos e pobres argumentos. Espero, desde já manifestações no comentários do blog...

            Vamos ao meu currículo: participei (o?) de igrejas neo-ortodoxa desde 1994. já foi na Assembléia de Deus, já freqüentei a Comunidade Cristã, já freqüentei presbiterianas grandes e pequenas, já estive me igrejas batistas, já estive me comunidades pentecostais de bairros, já foi em congressos, retiros, conversões. Já foi em culto metodista, culto G12, culto Nova Aliança, Culto Luterano, Culto Luteranos Pentecostal. Acho que isso me permite dizer algumas coisas....
            Primeiramente, os cultos são todos iguais em termos de musica. São sempre as mesmas, se a equipe é fraca são aquelas mesmas musicas da década de 1990, como em espirio em verdade, e outra da comunidade zona sul. Ai começam a bater palmas, e sempre tem umas senhoras que não acertam a batida, é engrado mas mostra desrespeito com os mais velhos que gostam de hinos. Quando a igrejas tem mais condições colocam musicas novas da lagoinha e do David Killer, que ficam repetindo a mesma frase melhares de vezes, na que as musicas sejam ruins em si, mas seu uso continuo enjoa. Teologiamnte elas são aberrações, como aquela do Balsamo de Gileade, ou aquela das águas profundas....pior de todas é aquela que queima uma noiva.
            Segunda coisa, a liturgia depende da denominação, mas geralmente elas caminham para paradigma Louvor, Testemunho, oferta e pregação. Eu não deveria reclama isso, pois é melhor que aquilo que acontece na IURD onde é oferta, musica, oferta, musica, oração oferta, oferta pregação, oferta tira demônio, e oferta final. Não acho a lógica errada, mas ajuda a entendermos que tudo é igual em todas.
            Terceira coisa, os dirigentes são sempre um show a parte. alguns tem algum talente, convenhamos, mas via de regra não tem muita percepção do que estão fazendo. Geralmente cantam mal, mas isso não é problema. Acho chatissimo quando começam a pregar, durante quase uma hora, ou ainda, quando começam a afirmar que são levitas e tal, e que a unção está na bateria. Pior que isso, o dirigente começa com aquela micareta mandando os irmãos virarem para o lado e dizerem frases: eu te amo ou a benção tralalá.. Mas ainda não acabou, pode piorar quando começam aquelas músicas com dancinhas, três passinho para o lado, e ergue a mão, acho isso de uma cretinice insuportável e uma falta de respeito. Confesso que já foi músico e dirigente de culto, e desde aquela época era mais fácil ficar no palco que no publico, para não ter que ficar fazendo esse rituais. Por fim, para encerra a noite, o dirigente começa a orar em línguas estranhas....ninguém merece, principalmente quando você leva um visitante na igreja.
            Quanta coisa, O testemunho é um momento que muitas igrejas usam em suas liturgias. É terrível, principalmente quando você conhece a vida pessoal das pessoas da igrejas e sabe que elas estão mentido. Geralmente é aquela história Deus me deu um carro, Deus salvou-me casamento. Se a igrejas tem 3 a 10 membros, é legal até, dá para ser bem útil compartilhas as coisas, mas numa igreja de 300 pessoas, isso é freak show que apenas enrola a liturgia. Voltando ao dirigente, as vezes não tem ninguém querendo pagar o mico do testemunho, e o tal dirigente começa a ameaçar a platéia de que Deus vai tirar a benção dos irmão se eles não forem contar...prometi para mim mesmo que da próxima vez que eu estiver em um culto e um dirigente fizer isso, vou dizer: Cale-se, saia daí e traga o pastor logo que estou com presa....
            O mesmo principio se aplica as oportunidades que acontecem nas igrejas pentecostais tradicionais, são bem intencionadas mas quando tem-se uma dúzia de oportunidades é cansativo demais. Alias, o pior culto que fui na vida foi na igreja A Palavra de Cristo para o Brasil, era um culto que congregava todas as igrejas, durou coisa de umas 5 horas, eu fiquei cerca de 3 horas em pé. Ninguém prestava atenção quanto as pessoas faziam performances de todos os tipo, a pior delas, foi um pastor, já de certa idade com uma capa de cetim e um espada de papel encenando algo envolta da Bíblia, com alguns escudeiros, ridículo é pouco para exprimir o meu sentimento, se fosse crianças de 4 anos, eu até entenderia mas um velho, nunca assembléia de velhas fazendo aquilo, tenha paciência.

            Quinta coisa, as pregações são sempre as mesmas. É uma dúzia de versículos que sempre são pregados em todas as igrejas. Isso deve-se, eu acho, ao fato que os pastores não estudam e se estudam ficam lendo Benny Hinn, Grage Hill, ou Rick Warren e usam as idéias para fazer suas teses. Além disso como os pastores não sabem grego nem hebraico, eles não fazem exegeses coerentes dos textos, e portanto fica apenas repetindo o lugar comum de sempre. Tem uns bons pregadores, como Ricardo Agreste e outros, mas os pastores locais na tem capacidade de inventar nada novo. mas pode piorar...
            Pior ainda é o pastor mais espiritual que não prepara a pregação. Fica falando em circulo, pois sabe que seu ouvintes não conseguem perceber que ele não tem argumentos, e no final ele usa algo emocional e faz o apelo. Já vi pregações onde o cabra cita um versículo, e fala de outra coisa, e no final volta ou versículo. 0% de coerência homilética 0% hermenêutica e 100% de energia emocional (isso cansa quem presta atenção nas coisas). No ultimo culto que fui, era uma senhora que não estudou teologia pregando, e eu achei uma boa pregação, pois considerando que ela não tinha as ferramentas hermenêuticas avançadas, mesmo assim ela falou coisas que tinham sentido e correspondia ao ensino da comunidade em questão, muito bom na minha opinião, mas se o sujeito pregador é pastor e tem formação, ele tem que ter mais argumentos e avançar de forma profunda nas questões bíblicas, e sinceramente, tirando o Haroldo da Batista Nova Esperança, faz tempo que não vejo coisa que preste.
            Por fim, o que seria um culto razoável ao meu ver: 1. Musicas Com Mensagem Bíblica bem estruturada em um altura audível (chega de barulheira), sem gritaria e sem emocionalismo (locais onde isso existe: Paróquia da Inclusão, presbiteriana jardim primavera..) 2. Ofertório discreto, pois doutrinas como aquelas que afirma que se não se pregar sobre oferta o povo estará sendo roubado da benção é HERESIA, alias a própria doutrina da oferta e do dizimo deveria ser revista biblicamente.(Algumas igrejas tradicionais, Caminho da Graça, Capela da Inclusão..) 3. Testemunho orientado para a experiência com Deus e não para bênção material (Ex: vi um testemunho católico, na TV, que tinha esse caráter, mas não sei se nas demais igrejas é assim...). 4. pregações que combinem espiritualidade, com experiência de vida e teologia sistemática coerente. Por vezes, muitos pregadores falam da vida como se fosse moleques, não entendendo as dificuldades e dores humanas, por exemplo: não entendo como as pessoas ficam doentes. É só orar e crer que sua enfermidade irá embora...esse tipo de afirmação é típica de canalhas mentirosos, ou de pessoas que nunca sofreram as dores da vida. (Igreja Batista Nova Esperança...)

            Ultimo comentário. O que é crítica? Crítica é falar o que se pensa sobre dados assuntos e é isso que eu fiz. No que isso implica? Implique que essas são minhas idéias que você pode (deveria ) ou não concordar. Além disso, todas as igrejas estão corretas, pois fazem o que lhes parecem melhor. Toda liturgia é resultado da soma dos valores da comunidade e da instituição, e quanto a isso não tenho nada a dizer, além de apenas guardar meu domingo para assistir o fantástico ou um bom filme.


Esse texto nasce como continuação do Pastores Pós-modernos, e é oriundo das discussões da lista de Eclesiologia ps-moderna no facebook. Agradecimento ao senhor Roberto Aguiar e a Sr. Timothi Pugh....



Ariovaldo Ramos: ‘A Igreja não precisa de defesa’

para variar vi no Pavablog...




Ariovaldo Ramos: ‘A Igreja não precisa de defesa’:


Ariovaldo Ramos responde à pergunta “quanto o Evangelho depende da política nos dias de hoje?” durante o “Missão na Íntegra”, evento realizado em Pindamonhangaba em 2011.


dica da Isabel Dias Heringer




segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Anderson Silva e a tribo dos Kamayurás - AMAZOO Experience - YouTube

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Profissão Sociólogo

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Profissão: sociólogo
Antes, a graduação em Sociologia tinha vários professores de áreas distintas. Todavia, há que se lembrar que antes também não havia legislação sobre a profissão de sociólogo nem profissionais suficientes para lecionar. Hoje, essa não é mais a realidade da área
Por Alessandro Farage Figueiredo e Roberto Bousquet Paschoalino


Da mesma maneira que as Ciências Médicas/ Medicina e as Ciências Jurídicas/ Direito, também as Ciências Sociais/ Sociologia/ Sociologia e Política se dividem em campos de estudos especializados. Assim, o sociólogo (bacharel em Ciências Sociais/ Sociologia/ Sociologia e Política) ao se formar pode se autodenominar profissionalmente sociólogo ou antropólogo ou cientista político - dentre outras denominações, conforme a área de estudo em que tenha dado ênfase ou se especializado. É o mesmo que ocorre com o médico, que depois de formado pode se autodenominar médico, anestesista, pediatra, ginecologista, geriatra, dentre outras especializações profissionais; ou com o advogado, que ao se formar também pode se autodenominar conforme sua principal área de atuação, como o caso dos criminalistas, constitucionalistas, processualistas e outras especialidades do Direito. Todavia, essas denominações profissionais não substituem a profissão em si, de modo que todo criminalista tem de ser advogado, todo pediatra tem de ser médico e todo cientista político e antropólogo tem de ser sociólogo, como descreve a lei que regulamenta cada uma dessas profissões.

É importante destacar que, apesar de na graduação de Sociologia existirem as possibilidades de ênfase em Geografia, Economia e outras disciplinas de formações profissionais distintas, não é facultado ao sociólogo, ao se formar ou mesmo ao se especializar, denominar-se economista ou geógrafo ou qualquer outra profissão que é legalmente regulamentada e exige a formação em outro bacharelado, mesmo que haja competências legais em comum e uma grande ênfase em tal disciplina no curso.


Esse caso se restringe a profissões regulamentadas por lei, e não é um caso específico da área de humanas, pois um médico, por mais que tenha dado ênfase em disciplinas farmacêuticas na graduação e tenha realizado mestrado e doutorado em Farmácia, jamais poderá exercer a profissão de farmacêutico, porque a lei que regulamenta a profissão exige bacharelado em Farmácia, assim como a lei que regulamenta a Sociologia exige o bacharelado em Ciências Sociais/ Sociologia/ Sociologia e Política.


Sociologia » A nomenclatura da graduação em Sociologia é bem similar à da Medicina. Ambos os cursos no diploma podem estar definidos como bacharelado pela disciplina (Sociologia e Medicina) ou pela concepção de ciências (Ciências Sociais e Ciências Médicas), não havendo real distinção entre essas denominações. O tradicional curso de Direito, por exemplo, também tem várias definições, como bacharelado em Direito, Ciências Jurídicas e, em alguns países, até em Legislação e Ciências Forenses, o que, todavia, não altera a profissão.


Disciplinas Científicas
Uma das questões atuais da Sociologia é a definição de disciplinas afins, principalmente na seleção para as pós-graduações em Sociologia (Antropologia, Ciência Política, Relações Internacionais e Sociologia/ Ciências Sociais), que costumam considerar como disciplinas afins qualquer graduação na área de humanas - até mesmo as não científicas.



As disciplinas afins à Sociologia devem ser determinadas de acordo com a observância de ao menos um dos dois pontos a seguir: 1) o caráter metodológico científico da disciplina, que tem que se mostrar no mínimo similar ao sociológico; 2) o reconhecimento legal da profissão, que deve possuir áreas de competências específicas em comum. Note-se que a disciplina que cumprir esses dois quesitos apresenta maior afinidade com a Sociologia, sendo que este deveria ser um critério de desempate a ser considerado em seleções de pós-graduação em Ciências Sociais (Antropologia, Ciência Política, Relações Internacionais e Sociologia /Ciências Sociais) e na escolha de profissionais de outras áreas para realizar trabalhos na área de Sociologia ou em conjunto com sociólogos.


"A lei que regulamenta a Sociologia exige o bacharelado em Ciências Sociais/ Sociologia/ Sociologia e Política"


Assim, os bacharéis em Direito não devem ser aceitos nas pós-graduações em Sociologia, uma vez que a sua metodologia se encontra na hermenêutica e prática jurídica, não possuindo metodologicamente nada em comum com a Sociologia. Além disso, profissionalmente, não há nenhuma competência específica em comum legalmente reconhecida, pois não existe nenhum caso em que o sociólogo pode exercer uma função profissional igual ao do advogado e vice-versa.


Por outro lado, Sociologia, Economia e Geografia são disciplinas afins, pois compartilham vários aspectos metodológicos A lei que regulamenta a Sociologia exige o bacharelado em Ciências Sociais/ Sociologia/ Sociologia e Política científicos e possuem áreas de competência específicas legalmente reconhecidas em comum - embora isso não signifique que elas compartilhem de todas as suas funções legais e métodos científicos. Tanto o sociólogo quanto o economista podem legalmente realizar análises de políticas públicas ou diagnósticos socioeconômicos, ainda que não caiba ao sociólogo realizar projeções futuras da inflação nem ao economista apresentar possíveis resultados eleitorais. O mesmo ocorre com a Geografia, pois tanto o sociólogo como o geógrafo podem realizar trabalhos de planejamento territorial, entretanto o geógrafo não é qualificado nem legalmente reconhecido para produzir laudos antropológicos, nem o sociólogo pode realizar estudos geológicos.

No entanto, devemos destacar que há alguns casos singulares. Por exemplo, um advogado que tenha se dedicado na graduação a estudar Direito Indígena no Brasil pode vir a realizar sua pós-graduação em Antropologia. Entretanto, é importante destacar que isso é uma exceção para casos isolados e sua aceitação no curso não deve ser direta, uma vez que ele não se graduou numa disciplina afim, devendo ser previamente submetida ao colegiado da pós-graduação. Além disso, ao completar o curso de pós-graduação ele não se torna um antropólogo nem sociólogo, mas continua a ser um advogado com mestrado em Antropologia, sendo assim capaz de lecionar para os cursos superiores nas disciplinas de Direito e tendo um profundo conhecimento em Direito Indígena, a ponto de realizar melhores interpretações jurídicas dos laudos antropológicos em casos de demarcação de reservas indígenas e quilombolas. O mesmo ocorre com o sociólogo, pois esse pode se dedicar a estudar Sociologia Jurídica e conseguir se pós-graduar em Direito, o que todavia não o tornará um advogado.


Usos equivocados da Sociologia
Algumas políticas acadêmicas têm contribuído para a produção de problemas no mercado de trabalho regulamentado dos sociólogos (o mesmo ocorre em outras profissões). Por diversas razões, a Academia tem criado cursos paralelos ao de Sociologia, mas que carecem de reconhecimento legal da profissão (favor não confundir com o reconhecimento do MEC que somente garante à faculdade o direito de abrir o curso). Entre os principais casos para a Sociologia estão as graduações em Antropologia, Ciência Política e Relações Internacionais.


A legislação garante o direito de a Academia criar novos cursos, embora esse direito não produza o reconhecimento legal da nova "profissão", não determinando qual a área de competência para a sua atuação, nem os direitos e deveres desses "profissionais". Por essa razão, os cursos paralelos, apesar de atrativos para novos estudantes e de possuir apoio do corpo docente que o criou, são, na verdade, um problema no mercado de trabalho.


Problemas no mercado de trabalho » Um dos problemas da profissão de sociólogo é o preconceito exagerado que existe dentro do curso e na Academia em função do trabalho no setor privado. Isso tem graves consequências, de maneira que muitos sociólogos se formam sem qualificação para o mercado de trabalho, não dominando os instrumentos e conhecimentos básicos para exercer a função de sociólogo em empresa privadas (e até públicas).


"Uma das questões atuais da Sociologia é a definição de disciplinas afins, principalmente na seleção para as pós-graduações"


Entre esses cursos paralelos, um dos mais problemáticos atualmente é o de Relações Internacionais, pois o graduado nesse curso, uma vez inserido no mercado de trabalho, tenderá a exercer ilicitamente a profissão de advogado, economista, geógrafo e sociólogo, sendo todas essas regulamentadas por lei. O bacharel em Relações Internacionais legalmente não pode realizar processos jurídicos internacionais, o que é competência privada do advogado, nem realizar trabalhos econômicos, geográficos e sociológicos, como no caso de previsões de crises econômicas, demarcação de fronteiras e reconhecimento de etnias, dentre outras. Qualquer atuação nessas áreas levaria o bacharel em Relações Internacionais a ser processado civil e criminalmente tanto pelos profissionais legalmente competentes da área como pelas organizações trabalhistas desses profissionais (conselhos e sindicatos).


Outros dois cursos paralelos que entram em conflito com as atribuições legais da profissão de sociólogo são as graduações em Antropologia e em Ciência Política, visto que o bacharel desses cursos não poderá exercer quaisquer atividades relacionadas a elas no mercado, pois são todas legalmente de competência do bacharel em Sociologia. Nada impede que um bacharel em Antropologia curse o mestrado e doutorado em Antropologia, embora mesmo ele chegando ao título de doutor em Antropologia nunca poderá realizar um laudo antropológico para a demarcação de territórios indígenas e quilombolas, pois legalmente só o sociólogo pode realizar tal atividade. Em relação à graduação em Ciência Política, uma interpretação minuciosa da lei da profissão de sociólogo evidencia, com a possibilidade de se denominar legalmente o bacharelado como Sociologia e Política, a competência dos estudos políticos como privativa dos sociólogos.



Outra área que legalmente é restrita aos sociólogos, mas que não é respeitada, são as pesquisas de opinião e eleitorais. Somente os sociólogos são qualificados para interpretar os dados coletados

Em uma seleção acadêmica para professor de Antropologia e Ciência Política em que os bacharéis em Antropologia e Ciência Política pudessem concorrer pelo edital, haveria dois problemas: primeiro, nenhum edital para essas duas áreas da Sociologia pode excluir os bacharéis em Ciências Sociais/ Sociologia/ Sociologia e Política, caso contrário a seleção seria ilegal; no máximo o edital poderia exigir dos sociólogos mestrado e doutorado na área, mas também teria de exigir dos outros; segundo, as aulas das disciplinas sociológicas (Antropologia, Ciência Política e Sociologia) necessitam que o professor realize análises sociais para os estudantes e até mesmo apresente algumas práticas, o que é de competência legal do sociólogo. Dessa forma, o sociólogo profissional pode exigir legalmente que o edital exclua dos concursos os bacharéis sem reconhecimento legal da profissão.


Defesa do exercício da profissão
Há algumas exceções face às profissões regulamentadas com competência em comum, de forma que é possível um economista dar aula de Ciência Política (Política Econômica) ou Sociologia Econômica no curso de Sociologia e de um sociólogo lecionar Economia Política ou Planejamento Territorial em um curso de Economia ou Geografia. E tanto um advogado como um sociólogo, economista ou geógrafo podem lecionar Relações Internacionais desde que a ementa esteja de acordo com sua área de competência. Dessa forma, um advogado pode tratar de asilo político e contratos internacionais, um sociólogo pode trabalhar questões de conflitos étnicos etc., sem que um interfira na competência do outro; com efeito, jamais caberia ao advogado lecionar sobre econometria ou geopolítica ou conflitos étnicos em Relações Internacionais.



O sociólogo profissional pode exigir legalmente que o edital para seleção de professor de Antropologia e Ciência Política exclua dos concursos os bacharéis sem reconhecimento legal da profissão

Antes, a graduação em Sociologia tinha vários professores de áreas distintas e até não afins com a Sociologia. Todavia, há que se lembrar que antes também não havia legislação sobre a profissão de Sociólogo nem profissionais suficientes para lecionar, mas essa não é mais a realidade da Sociologia: tanto o curso quanto a profissão se desenvolveram significativamente desde seu surgimento, não cabendo mais a profissionais estranhos à Sociologia lecionar e atuar nas áreas de competência dos sociólogos.


"Economia e Geografia são disciplinas afins, pois compartilham vários aspectos metodológicos científicos"

Campos de conflito
Até pode parecer estranho, mas duas áreas do mercado que os sociólogos são qualificados para atuar são Marketing e Recursos Humanos. Contudo, da forma que a Academia é distante das demandas do setor privado, o estudante de Sociologia que deseja ocupar tal posição no mercado precisa realizar por conta própria disciplinas em outros departamentos como os de Administração, Psicologia, Comunicação e Engenharia - o que nem sempre é fácil e somente serve como ponto de partida.


Para uma introdução real nesse setor do mercado o sociólogo acaba necessitando realizar uma especialização/ MBA em Marketing ou Recursos Humanos. Todavia, uma vez realizada com sucesso a pós-graduação em uma dessas áreas e associando esses novos conhecimentos aos da Sociologia, o sociólogo se mostra extremamente qualificado e competitivo para tal mercado.


Apesar de haver algumas graduações voltadas para Marketing e Recursos Humanos, essas não são profissões regulamentadas, de modo que graduados em outras áreas, incluindo os sociólogos, podem exercer tais funções. A defesa da lei que regulamenta a profissão de sociólogo em face da inserção dos sociólogos no mercado de trabalho nesses dois setores (Marketing e Recursos Humanos) deveria ser um dos objetivos centrais dos sindicatos dos sociólogos.


Outra área que legalmente é restrita aos sociólogos, conforme a lei que regula a profissão, mas que não é respeitada, são as pesquisas de opinião e eleitorais. É verdade que os estatísticos conseguem realizar devidamente as amostragens, cruzamentos, valores residuais, dentre outras coisas nas pesquisas de opinião e eleitorais, mas somente os sociólogos são qualificados para elaborar devidamente as perguntas dos questionários e depois interpretar os dados coletados, uma vez que os números não falam por si mesmos e é necessário um grande arcabouço teórico sociológico para a elaboração das perguntas e interpretação dos dados. Esses conhecimentos o estatístico não detém. A realização de pesquisas de opinião e eleitorais por profissionais que não são sociólogos é um risco para a sociedade, pois elas podem produzir dados que não correspondem à realidade ou que serão mal interpretados. Isso também é válido para certos trabalhos no setor público, como a elaboração de censos, referendos e plebiscitos.

CBN - Max Gehringer - Consolide o seu nome

CBN - Max Gehringer - Consolide o seu nome:




Qual é a real situação da blogosfera brasileira?

BY Otimizar Blog...

Qual é a real situação da blogosfera brasileira?:


Neste artigo iremos abordar um assunto que é de certa forma polêmico e que está em debate devido ao artigo "Porque a blogosfera brasileira sempre será desigual…", criado pelo Antonio Faneca do Blogando com Facilidade.No decorrer deste artigo iremos debater sobre a união e o aspecto moral da blogosfera brasileira, mais especificamente de metablogs.

Primeiramente aconselho que sejam lidos alguns dos os artigos que fazem parte deste debate, que são nomeadamente:






Neste artigo irei apenas explanar um pouco mais a opinião que deixei em um dos artigos antes citados, porém estou totalmente aberto a debates e argumentos que possam me fazer mudar de opinião.Antes de começar a mostrar meu ponto de vista quero deixar bem claro que não tenho o intuito de ofender ou maldizer ninguém, pelo contrário quero fazer críticas construtivas que incentivem o crescimento pessoal.


Pois bem, vou deixar claro logo de início que sou adepto ao meio termo, para mim a proposta do Iago e do Antônio é utópica e a opinião do Marcos está relativamente fechada.Ambos os lados tem argumentos válidos e estão ao mesmo tempo certos e errados.


Vamos avaliar primeiro a proposta da equipe do Blogando com Facilidade, um blogosfera unida onde existe grande incentivo aos pequenos blogs e todos se respeitam.É de fato uma belíssima proposta porém como muitos deve saber é completamente utópica.






Em todos os tipos de mercado,seja ele online ou offline, existe um "grupo dominante" e um grupo ascensor, o grupo dominante sempre se relaciona entre si e o grupo ascensor procura sempre alianças para crescer e um dia se tornar dominante.Na blogosfera brasileira não é exatamente assim, existem muitas exceções, mais de modo geral todo mercado adota esse modelo.


Achar que um blogueiro profissional deve comentar em blogs pequenos é uma proposta realmente muito nobre porém é um tanto quanto indecente.Em minha opinião tanto blogueiros grandes como pequenos não têm a obrigação de curtir, seguir, comentar ou se quer incentivar nenhum tipo de blog, seja ele grande ou pequeno.


Penso que quando um blogueiro, seja ele quem for, comenta segue ou curte um blog ele está de certa forma demonstrando que foi conquistado.Um simples curtir não deve ser dado como forma de demonstrar amizade ou formar aliança, um curtir deve significar algo como: "Ei, eu realmente curto seu conteúdo e quero acompanhar mais de perto o seu blog, você realmente conquistou o meu respeito".Como todos sabemos os gostos são diversos e as opiniões se divergem, muitas pessoas podem não gostar do seu conteúdo enquanto outras amam.


Muitos blogs considerados grandes não me conquistaram ainda enquanto alguns pequenos já tem ganho todo o meu respeito, isso é natural, sempre vão existir pessoas que você vai gostar e pessoas que você vai sentir empatia.


Por outro lado concordo com a equipe BCF no ponto onde eles dizem que todos os blogueiros não devem procurar humilhar ninguém e nem responder comentários ou e-mails de maneira ofensiva.Uma ótima opção seria deixar bem claro para que o formulário de comentário pode ou não ser usado, isso seria com certeza melhor que ignorar os contatos.









Vamos seguir analisando a opinião do Marcos Lemos, blogueiro renomado na blogosfera brasileira.Segundo ele a vida de um blogueiro estudante é relativamente mais fácil e muitos de nós estamos apenas trabalhando em bases formadas por outros que vieram antes.


A vida de blogueiro estudante é sim mais fácil que a de uma pessoa com mulher e filhos para cuidar porém creio que não seja tão fácil quanto o Marcos imagina.Eu mesmo (Lucas Rolim) tenho cerca de 8 horas de aulas por dia e cerca de 20 a 30 questões de vestibular para responder, sem contar atividades extra curriculares como cursos e academia.


Uma outra questão que o Marcos pode estar não se atentando é a de que é preciso se formar bases solidas para se construir novas estruturas.Nós, os novos e pequenos blogueiros estamos formando nossas bases para que em um futuro próximo possamos inovar e trazer coisas jamais vistas.





Conclusão




No fim das contas todos continuam estando certos e errados.Nenhuma pessoa deve ser forçada a incentivar ou demonstrar apreço por ninguém, isso é um sentimento que vem de dentro e deve ser espontâneo, ao mesmo tempo que todos os "grandes blogueiros" devem não ser forçados a comentar ou incentivar blogs pequenos mas sim buscar ao menos conhece-los.


Por fim quero deixar que em minha opinião um blogueiro não é considerado grande ou pequeno pelo número de visitas que recebe, um grande blogueiro em minha opinião é aquele que produz conteúdo de qualidade, sabe como tratar o seu público e acima de tudo sabe superar obstáculos.


Se um dia alguém tentar o desmotivar ou humilha-lo tome isso para si não como trauma ou ofensa mas sim como lição.Trabalhe para fazer melhor que aquele que te despreza para que no futuro possa ensina-lo e mostrar o verdadeiro espírito da blogosfera, o de fraternidade e compartilhamento de informação.





Pesquisadores americanos afirmam que jejum pode ajudar a combater câncer

vi no

melanciasapodi.blogspot.com



Pesquisadores americanos afirmam que jejum pode ajudar a combater câncer: Pesquisadores americanos afirmam que jejum pode ajudar a combater câncer
O jejum é uma prática presente em diversas religiões, incluindo o Cristianismo, e sempre visto como uma prática de penitência religiosa. Agora um estudo feito na Universidade Southern Califórnia diz que jejuns curtos e severos tem impacto similar ao da quimioterapia no tratamento de alguns tipos de câncer, tornando mais lento o crescimento dos tumores.…
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domingo, 12 de fevereiro de 2012

10 frases para NÃO dizer

10 frases para NÃO dizer: Quase todos os empreendedores adoram falar sobre as suas empresas. Contam para amigos, parentes, clientes ou conhecidos como a ideia do negócio surgiu, por que vale a pena apostar neste mercado,...



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sábado, 11 de fevereiro de 2012

Bunker Roy: Aprendendo com um movimento de pés-descalços | Video on TED.com

Bunker Roy: Aprendendo com um movimento de pés-descalços | Video on TED.com:



Sobre os pastores pós-modernos…

Sobre os pastores e pós-modernos…
Conversa com alunos (4)


            Este texto tem a finalidade de esclarecer algumas idéias colocadas em recente debate com a turma do facebook, especificamente sr Roberto Aguiar, Salomão Segóvia, Oclécio Cabral e Willian, agradeço a eles e aos demais pela oportunidade de pensar em temas tão importantes.
            Este texto é uma tentativa de síntese de algumas idéias, então, precisa ser melhorado e deve conter erros lógicos e gramaticais. Não é definitivo nem é a verdade suprema, mas sim uma contribuição humilde ao assunto discutido...


            Estava-se discutindo o problema referente aos pastores pós-modernos, no sentido de que estes seja um flagelo que assola as igrejas cristãs contemporâneas. Gostaria de apresentar alguns argumentos no sentido de afirmar que esta premissa está errada, e que existe um outro problema que deve ser vencido, a saber, a própria noção de ministério pastoral.
           Primeiramente é preciso discutir a noção de pós-modernidade. As leituras mais interessantes são Baumann, Giddens, Lyotard, Harvey, Thompson, e o próprio Foucault. Talvez uma lida no Anti-édipo do Deleize e Guatarri, mas acho que isso é fundamental para entender a coisa. Outros teóricos, com alguma razão, afirmam que a pós-modernidade não existe, pois é muito parecida com a própria modernidade. Essa discussão se existe ou não é ótima, justamente porque mostra o quando é volátil a percepção de onde estamos e para onde vamos. A pós-modernidade não deixa de ser uma modernidade, no casos, ela apenas levou às ultimas conseqüências os valores mais importantes. Habermas e Boaventura de Souza Santo fazem uma leitura diferente, no sentido de que o que experimenta-se hoje é uma crise da crença dos grandes mitos modernos, principalmente a idéias burguesa da sociedade do trabalho, e em segundo lugar a crença na sociedade cientifica que os positivistas afirmavam veementemente. É aqui que a igreja entra na discussão...
            A igreja evangélica brasileira é fruto de um movimento do auge da modernidade, a saber, a grande segunda revolução industrial, onde o marxismo, o positivismo e o liberalismo estavam se consolidado em como doutrinas relevantes. Os missionários protestantes, grande parte maçons, e portanto, adoradores do iluminismo, tinham em suas agendas missionárias a ideias de que cultura americana e evangelho (Boff – da conquista à evangelização) era a indissociáveis, e portanto ensinar a bugrada a ler e se vestir era uma forma de pregar o Jesus. Portanto, os pastores das primeiras igrejas tradicionais eram modernos, ensinavam ciências aos membros da igrejas (menos Darwin, é claro) e combatiam a cultura brasileira, por representar valores negativos como a negação ao trabalho e a sensualidade.
            Os pentecostais clássicos (década de 1910) são o inicio de um movimentos que é mais pós-moderno que moderno, pois agora não é mais o que o livro de doutrina diz , mas o que Deus diz na hora, portanto, o sentimento, o empirismo e a vivência tomaram lugar da ordem e da regra (analise superficial, mas que serve para o propósito deste texto). Logicamente que somando-se o momento histórico e a personalidade afrobrasileira, o pentecostalismo continuo combatendo as coisas da terra, mas acabou discretamente misturado com a forma americana, dos ternos e dos púlpitos, mas agora com sabores bem mais ao sul. O ponto positivo deste movimento, tanto o norte americano como o brasileiro é a inclusão do negro, e posteriormente a inclusão da mulher no quadros de obreiros (quadrangular).tomando posse dos próprios valores que combatia. Isso 
            Os neo-pentecostais foram mais longe, pois nascendo na pós-modenidade propriamente dita aprenderam a falar o que o povo quer ouvir, e usando a mídia televisiva abocanharam o mercado religioso que surgem na fenecência da era militar. Os seus membros são pós-modernos porque não querem saber a verdade, querem apenas o produto, e querem sentir que estão fazendo a coisa certa, pragmática que funciona. Entretanto, na igreja tradicional não era muito diferente, pois apesar de terem uma doutrina forte e consolida, ainda tinha inúmeros valores que propiciava a alienação, como por exemplo: os tabus sexuais, a não ordenação de mulheres e ainda o racimos que acontecia algumas vezes, além disso, os mais ricos sempre era tidos com mais carinho nas comunidade, de modo que já havia uma relação simbólica entre benção de Deus e prosperidade material/financeira.
            Hoje existem pastores mais pós-modernos como o Caio Fábio, que tem uma igrejas que não tem membros e que ele mesmo prega em todas as comunidade em todos os dias. Diga-se de passagem, é um bom trabalho, apesar de as vezes algumas pessoas saírem porque queriam ter uma carteira de membros e desejarem ser disciplinadas. O Malafaia é pós-moderno também, em outro sentido, pois o seu discurso muda conforme a necessidade, afirmando palavras de ordem no púlpito, mas vendendo bíblias e promessas na tv. Ele é um caso interessante, que Baumann e Habermas nos ajudam a entender, pois na pós-modernidade ter um discurso forte e reacionário, associado com uma pratica frouxa faz todo o sentido, pois a ação reacinária virulenta é um produto, asism como uma camiseta do Che Guevara vendida no Mcdonald`s. Acredito que o John Piper é um pastor moderno conservador de verdade, só para termos um parâmetro para a discussão.
            Mas qual é o problema da pastorada? O problema não é nada simples, pois o que estamos vivemos é uma era que não terminou, e portanto, difícil de explicar. Se o pastor é empregado da igreja, ele tem que cantar conforme os dogmas, se não é expulso, isso é bem moderno alias, então ele pode ser um grande salafrario, conquanto que fale o que está no estatuto, ou o que o povo quer ouvir. Se o pastor é independe, ele terá que falar o que o povo quer ouvir, senão, não terá dinheiro para comer no final do mês. Nos dois casos, a coisa é sempre uma questão de trocas simbólicas, que configura o mercado religioso contemporâneo. Basicamente o que é variável é o cliente, o católico, por exemplo, tem como cliente a instituição, assim como um pastor da universal, mas a instituição a IURD, mas a IURD tem como cliente os freqüentadores, enquanto que a ICAR tem dinheiro suficiente para não depender de seguidores, portanto, não faz questão de correr atrás das pessoas. Em uma igreja independe, o cliente são os freqüentadores que precisam ser mantidos na casa, se eles não estiverem satisfeitos existem outras igrejas para ir.
            John Maxwell fala sobre a profissionalização do ministério pastoral como uma coisa boa. Ou seja, a igreja contrata alguém treinado para executar uma função, ou seja, a igreja paga o salário e o pastor pastoreia de forma eficaz. Não acho isso mal ou errado, pois se todos estão de acordo e feliz, ok, mas não é bíblico. O problema que acho sério, é o caso muito comum no Brasil onde as denominações tradicionais pagam salários para incompetentes que se acham pastores, sujeitos que não tem preparo para fazer o serviço eclesiástico, apesar de terem estudado em seminários (a igreja católica está cheia de padres incompetentes também). Logicamente que algumas denominações gostam deste tipo de pastor, pois tem cara de piedade e colocam-se em posição de vitimas do sistema. Nestas denominações, quando aparece alguém competente, ele rapidamente entende que não precisa da denominação e depois de dois ou três anos de trabalho, tendo aprendido o esquema, sai com 50 membros e abre sua creche.
            Notem que o problema é complexo, pois está na estrutura moderna de igreja que vivemos aqui. Esse modelo americano, importado em varias levas gerou algo doente e esquizofrênico. Esquizo (ler anti-édipo) no sentido de que espera-se que o pastor pastorei como ministério e vocação, mas cobra-se uma atitude de empregado. As pessoas que freqüenta a igreja querem um pastor bonito, que faça seu trabalho, não importa como. Ao mesmo tempo em que querem imaginar que tudo é Deus e que existe um mover sobrenatural por traz da coisa litúrgica.
            O que queria dizer, basicamente, é que dizer que o problema são os pastores pós-modernos é um erro, pois todos são isso. A pós-modernidade é o ethos atual, e fora disso existe muita pouca coisa acontecendo. Até os mais tradicionais, se olhados de perto, estão pós-modernizados em sua alma, basta ir a uma igreja Calvinista e Observar um apelo, ninguém se importa se a doutrina diz ou não-diz, o importante é cantar eu escolhi Sr. Jesus e ir na frente responder ao apelo.[i]
Qual o problema então? O problema é o processo de contextualização que a igreja deveria fazer está acontecendo da forma errada (generalização, pois existem acertos também). Pois não está se buscando fazer o evangelho compreensivo às pessoas, mas sim, tenta-se usa o rotulo “evangelho” como símbolo com a finalidade de ajuntar pessoas para movimentar-se recursos financeiros. Ou, no caso dos pastores honestos, usa-se o evangelho como símbolo para comunicar uma doutrina, que na visão do pregador é a verdade absoluta. Poucos ensinam as pessoas a ler o evangelho.
Exemplo disso é a doutrina da graça. Todos falam que a salvação é pela graça, mas esses mesmos exigem que faça-se rituais para ser salvo, rituais como casamento, santa ceia, batismo, erguer as mão para abençoar o dizimo e dar o tal dizimo. Se é pela graça é graça...ou não? ai fica-se discutindo se a Dilma fez pacto com o Diabo, ou se ter uma moto com a cruz invertida vai dar brecha para o diabo causar um acidente. Se somos salvos pela graça, eu tenho que me benzer para o diabo não me fazer mal? Tem que receber a oração forte para tirar o encosto ou mal olhado? É uma graça bem sem graça e um Diabo bem poderoso. Isso é bem diferente do que aparece na Bíblia, onde o diabo tenta as pessoas, mas mesmo assim o crente suporta a provação para adorar a Deus em meio a dentadas de leões.
Por fim, o texto é bem critico, por isso é necessários dizer que nas igrejas e no meio pastoral tem muito gente boa, gente com coração aberto e cheio de alegria em servir. Essas pessoas são as que mais sofrem com as garras da religião institucional, porque às vezes a bondade deles torna-se pecado ou heresia. É só lembrarmo-nos de São Francisco de Assis ou mesmo de um Marçal de Souza. Se o pastor admite um gay ou um mendigo na igreja, ele é julgado pelas pessoas que querem a igreja como um lugar puro e limpo (Baumann), sem gays, divorciadas, aleijados, prostitutas, gordos, estrangeiros e outros diferentes (Norbert Elias – Out siders).
Recomendação: acredito que é necessária a pregação do evangelho da autonomia. Ou seja, as pessoas precisam de pastores que as ensine a ler a Bíblia direito (não metaforicamente nem de forma moralista) e a viver como gente adulta. As pessoas não precisam de pastores que comandem suas vidas, que liderem suas ações, nem de pais ou mestres, precisam de orientadores que ensinem sobre tomar a responsabilidade das escolhas (Heidegger) e a busca constante da maturidade enquanto pessoa.


[i] Piada explicada (1) na doutrina calvinista, o crente é predestinado, portanto não repecisa de apelo para aceitar a Jesus. Ou o cabra é ou não é. semelhantemente dizer eu escolhi é heresia ao olhos de João Calvino, pois é Deus que induz o crente pela graça irresistível. Não estou dizendo que isso faz sentido, mas o caso é que é o que a doutrina deles diz.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Dilma Trai Evangélicos, e eu acho isso ótimo....

  
            Um velho paradigma filosófico já dizia o seguinte: Se uma pessoa mente para outra, que sabendo que a outra sabe que ela mente, ela realmente está mentindo? Sim, esse paradigma explica bem a ultima polêmica da Blogsfera Gospel.
            O Fato: A presidenta Dilma nomeou como ministra da Secretaria da Mulher, a Sra. Eleonora Menicucci, que sabe-se é defensora da legalização do direito de interromper a Gravidez, vulgarmente chamado de Aborto. Não que isso seja algo incrível, vou explicar depois, mas que vai contra a promessa de campanha na qual prometeu-se a algumas lideranças evangélicas que se eleita seria contra o Aborto e não apoiaria a legalização do casamento Gay[i]. Mais de um ano depois, ela não cumpriu sua promessa, que bom!
            Acho isso positivo, primeiramente porque as lideranças evangélicas precisam aprender a colocar-se em seu lugar. Não são lideres, são apenas empresários da fé que por terem alguns milhares de seguidores, acham-se representantes de Deus na terra para exercer poder políticos e negociar o voto de suas ovelhas. Sim, ao recomendar que se votasse em Dilma, por essa haver assinado uma promessa,  exerceram um papel burlesco de mediadores políticos, cabos eleitorais infelizes, que de um modo ou de outro enganaram as pessoas que os seguem. Sua função, como pastores evangélicos, seria orientar seu povo no sentido de escolheres com seriedade e consciência. Não que houvesse candidatos viáveis, mas a função da igreja e do ministério pastoral não foi cumprida na ocasião.
            O segundo ponto positivo disso é que agora pode-se aprender com a fabula do sapo e do escorpião. Imagine que Dilma Roussef, militante, guerrilheira, presa pelos militares, deportada e ainda, com décadas demilitancia de esquerda, um mês antes da eleição aparece com um véu de católica fervorosa, abraçada com um neto e ainda fazendo acordo com crente, isso é tão insólito que parece uma piada, mas foi o quadro na época. Todos da esquerda sabiam que isso era eleitoreiro, poucos militantes reagiram contra isso, e só os evangélicos não viram o que ia acontecer. Isso lembra o que aconteceu na época da ascensão de Hitler na Alemanha, quando a igreja protestante chega a afirmar Adolf como escolhido de Deus que restauraria o país e a igreja, talvez contra os Judeus. Dilma não é um Hitler, de forma alguma, mas usou de uma estratégia bem parecida para cooptar grupos diferentes para se eleger, e agora, ela não precisa mais dos amigos estranhos.
            O terceiro aspecto positivo deste caso é que ao rejeitar Marina Silva, as lideranças evangélicas mostraram seu caráter. Não que Marina tivesse intenção de se eleger, sabe-se que sua função era meramente para gerar um segundo turno, mas tem algo importante nela, como evangélica que deve ser frisado. Quando perguntada sobre sua opinião sobre Aborto e Homossexuais, elas diziam que era uma questão que deveriam ser discutidas, de modo que não fechava a questão, dando a entender ser possível avançar no sentido resolver tais questões de forma democrática. Isso é o que mais irrita os evangélicos, a saber, democracia, discussão e liberdade (não que os movimentos sociais e de esquerda sejam diferentes). Marina era tida como liberal, e acho que ela faria bem ao país, se conseguisse governar, coisa que acho improvável.
            Por fim, ambas as questão já avançaram bastante neste ano. O casamento Gay já acontece e o Aborto já é uma realidade em alguns casos, e isso é bom. Acredito que agora seja uma ótima oportunidade para a igreja evangélica colocar-se no seu lugar e cumprir a sua missão. A função da igreja não é ser cabo eleitoral, e sim ser manifestação de Cristo na terra. Esses mesmos pregadores que acreditam que o Aborto e o casamento Gay são problemas deveriam usar sua estrutura eclesiástica para combater a pobreza e a ignorância, principalmente política.
            O que virá depois? Bem as próximas eleições irão acontecer, o que os evangélicos farão? Eu não sei, mas acredito que deveriam tomar mais cuidado com algumas coisas. Primeiramente, deveriam apóia o candidato cuja proposta faça sentido com sua história; Segundo, deveriam parar de acreditar nas lendas que sempre aparecem afirmando que tal e tal candidato é satanista, isso é infantil e nocivo; em terceiro lugar, deveriam considerar a ficha corrida do candidato e do partido, um pouco de honestidade cairia bem e poderia nos livrar de garotinhos.